Saúde sugere regras mais flexíveis para cidades com menos casos

Boletim epidemiológico desta segunda (06/04) sugere que distanciamento social seja menos intenso onde 50% dos leitos de UTI estão vagos

Juliana Contaifer
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Em boletim epidemiológico publicado nesta segunda-feira (06/04), o Ministério da Saúde sugere que municípios que tenham menos de 50% de ocupação em leitos de UTI devem iniciar a transição para “distanciamento social seletivo”, um outro nome para o isolamento conhecido como “vertical”, a partir do dia 13/04.

Municípios e cidades que tiverem metade dos leitos de UTI ocupados devem seguir com o distanciamento social ampliado, como o que está sendo feito no Distrito Federal e São Paulo, até que se o serviço de saúde tenha estrutura suficiente para lidar com a epidemia.

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (06/04), o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, afirmou que o distanciamento social ampliado não é feito para evitar a transmissão e sim para ganhar tempo para o sistema de saúde se prepare para o impacto.

O distanciamento social seletivo isolaria apenas alguns grupos de risco, como idosos e pessoas com doenças crônicas. A população abaixo dos 60 anos poderia transitar livremente. Segundo o texto, o objetivo desta fase seria “promover o retorno gradual às atividades laborais com segurança, evitando uma explosão de casos sem que o sistema de saúde local tenha o tempo de absorver”.

O boletim com a sugestão de flexibilizar o isolamento foi publicado justamente em meio à crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que divergem sobre as regras de distanciamento social que vem sendo aplicadas nos estados. Nesta segunda-feira (06/04), a demissão de Mandetta por Bolsonaro era dada como certa por alguns integrantes do governo.

 

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