Saiba quais são os perigos de se automedicar

Quase 80% dos brasileiros têm o hábito de tomar remédios sem consultar o médico antes, principalmente para tratar dores de cabeça

Paula Filizola
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A automedicação é rotina para 79% dos brasileiros com mais de 16 anos. Dor de cabeça, febre, resfriado e desconforto muscular são os principais sintomas que levam a essa prática. O porcentual de adeptos se mostrou ainda mais alto entre adultos de 25 a 34 anos: cerca de 91%.

Os dados são da pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) e apontam crescimento nos últimos anos. Em 2014, 76,2% diziam automedicar-se e, em 2016, 72%. O imediatismo e o maior acesso à internet estão entre os motivos para o aumento.

“O tratamento com remédios é o final de uma consulta. O médico primeiro avalia o paciente e depois solicita exames. Em cima disso, faz um diagnóstico e prescreve o tratamento”, esclarece o infectologista Leandro Machado. “Se você se automedica, pula todas essas etapas”, conclui.

Ainda segundo o médico, muitas vezes um medicamento errado não faz efeito para aquele quadro e pode até agravar a doença. Ele afirma que a maioria dos pacientes não sabe nem diferenciar um antialérgico de um anti-inflamatório, por exemplo. “No caso dos antibióticos, as bactérias vão ficando mais e mais resistentes. Isso já é um problema de saúde pública”, afirma Leandro.

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