Saiba como é o tratamento para o câncer que matou Roberto Dinamite

Ex-craque do Vasco lutava contra a doença desde 2021, quando foi diagnosticado. Ele fazia quimioterapia para tratar do tumor no intestino

João Vítor Reis
Compartilhar notícia

No último domingo (8/1), em decorrência de um câncer no intestino, o craque Carlos Roberto de Oliveira, mais conhecido como Roberto Dinamite, morreu aos 68 anos. O ex-jogador combatia o tumor desde o final de 2021, quando foi diagnosticado.

O perfil de Dinamite postou nas redes sociais que ele fazia quimioterapia para tratar o câncer na esperança de conseguir voltar às suas atividades. O tumor é o mesmo que matou o rei Pelé.

Câncer de intestino

Também conhecido como câncer de cólon ou colorretal, o câncer inclui os tumores que se iniciam no intestino grosso, que é a parte final do intestino, imediatamente antes do ânus. O sucesso no tratamento depende do diagnóstico precoce e de que estágio o tumor está.

“Dinamite disse pelas redes sociais que começou a quimioterapia assim que foi diagnosticado. Para iniciar nessa fase do tratamento, ele provavelmente foi diagnosticado com o tumor em estágio avançado”, afirma a oncologista Marcela Crosara, da Oncologia D’Or.

A médica explica que o tratamento permite melhores condições de vida para o paciente, mesmo aquele que descobriu o tumor já com metástase. “A sobrevida de uma pessoa com câncer avançado é de três anos a partir do dia do diagnóstico”, enfatiza.

A medicina personalizada, que inclui testes genéticos, pode ajudar a orientar o tratamento para o caso específico de cada indivíduo. “Existe um gene que se chama RAS, e a presença de alteração nele pode guiar na escolha do tratamento mais adequado”, completa a médica.

Tratamento padrão

  • Cirurgia: quando o tumor ainda não está espalhado, o tratamento padrão começa pela retirada da parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos;
  • Radioterapia;
  • Quimioterapia, para diminuir as chances do câncer voltar.

A chance de cura para um câncer em estágio avançado não é zero, explica Marcela, mas não é a mesma de um paciente que teve diagnóstico precoce. Por isso, ela recomenda a colonoscopia como exame preventivo para identificar pólipos (lesões benignas) com potencial de transformação maligna.

A especialista aponta que o consumo exagerado de alimentos ultraprocessados e carne vermelha podem colaborar para o desenvolvimento do câncer — a obesidade é um dos principais fatores de risco para a doença. A condição é mais comum em adultos acima dos 50 anos que não se alimentam bem.

Além de evitar os alimentos, é interessante dar preferência para o consumo de fibras e peixe, por exemplo. “Costumo pedir também que os pacientes se exercitem sempre. O ideal são 150 minutos de atividade aeróbica por semana. Faz muita diferença para evitar o surgimento do câncer”, sugere a especialista.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Sair da versão mobile