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Reforço da Janssen diminui risco de internação por Ômicron, diz estudo

Segundo o Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul, a dose de reforço da Janssen diminui em 85% internações associadas à cepa Ômicron

A aplicação da dose de reforço da vacina Janssen contra a Covid-19 diminuiu em 85% o risco de hospitalizações em decorrência de infecções provocadas pela variante Ômicron, de acordo com estudo conduzido pelo Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul.

Os dados são referentes a informações obtidas com 69.092 profissionais de saúde que receberam o reforço entre 15 de novembro e 20 de dezembro de 2021, quando a Ômicron se tornou a variante dominante no país.

A pesquisa mostra redução de 63% das internações pela Ômicron para profissionais que receberam o reforços em até 14 dias após a primeira dose. Os resultados foram ainda melhores para os que receberam o reforço entre 14 e 27 dias, garantindo 85% de eficácia do imunizante contra casos graves de Covid-19.

O trabalho foi publicado na plataforma Medrxiv e ainda precisa passar por revisão de pares.

“Isso nos garante que as vacinas Covid-19 continuam a ser eficazes para o propósito para o qual foram projetadas, que é proteger as pessoas contra doenças graves e morte”, disse Linda-Gail Bekker, co-investigadora principal do estudo.

Nos Estados Unidos, a dose de reforço da Janssen já foi autorizada pela agência norte-americana FDA (Food and Drug Administration). Entretanto, a o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomenda que a população se vacine com outro imunizante devido ao risco da formação de coágulos de sangue associados à vacina. Já no Brasil, desde o fim de novembro o Ministério da Saúde orienta a aplicação de dose reforço.

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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
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