Protocolo da cloroquina prevê acompanhamento com exames cardíacos

Médicos devem solicitar eletrocardiogramas dos pacientes que receberão o remédio para se certificarem da ausência de efeitos adversos

Juliana Contaifer
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Segundo o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Cardiologia trabalhou junto com o governo na formulação do documento que orienta a liberação do uso de cloroquina no Brasil.

Um dos principais efeitos colaterais observados no uso do medicamento é a arritmia: quando o músculo do coração recebe uma carga elétrica errada e perde o compasso, o que pode levar à morte súbita.

De acordo com o governo, devem ser feitos eletrocardiogramas nos pacientes com coronavírus no 1º, 3º e 5º dias de tratamento para verificar a saúde do órgão e oferecer mais segurança no uso da cloroquina.

“Firmamos uma parceria com a SBC, que apoia integralmente o documento. Eles vão disponibilizar telemedicina para ajudar profissionais de todo o território nacional a interpretar os resultados de exames onde não há médico especialista”, afirmou Mayra Pinheiro, secretária de gestão do trabalho e da educação na Saúde, durante apresentação das orientações na quarta-feira (20/05).

Apesar da ausência de estudos clínicos que comprovem a eficácia dos fármacos no tratamento para o novo coronavírus, o governo decidiu liberar o uso da cloroquina mediante a formalização de um termo de consentimento que deve ser assinado tanto pelo médico quanto pelo paciente.

O texto traz um alerta sobre possíveis efeitos da medicação e afirma que ela não há garantia de “resultados positivos”.

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