Prótese de silicone: os problemas mais comuns e os cuidados necessários

Fazer implante nos seios é um tipo de cirurgia de baixo risco, mas que requer cuidados do início ao fim do procedimento

Roberto Wagner
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A cantora Ludmilla foi internada em São Paulo após ter problemas com a prótese de silicone. Depois de passar por uma nova cirurgia nos seios, ela passa bem, deve ter alta nos próximos dias e seguirá em repouso. Respeitar o tempo para a cicatrização é extremamente importante para evitar imprevistos futuros.

Os detalhes do episódio com a funkeira não foram divulgados, mas problemas com prótese de silicone não são tão raros e há como evitá-los. De acordo com especialistas, os cuidados devem ser tomados desde a escolha do material, passando pelo repouso, até o acompanhamento periódico.

“Algumas pacientes acham que é uma cirurgia simples, que não precisa se programar, que pode voltar à vida normal rapidamente e não é por aí”, alerta o médico Gustavo Souza Guimarães, cirurgião plástico do Hospital Santa Lúcia. O período de repouso dura em torno de 15 e 30 dias após a cirurgia. “O repouso adequado traz a cicatrização adequada”, alerta Gustavo.

Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Vivian de Araújo Soares reforça a necessidade de respeitar o período pós-operatório. “A pessoa não pode achar que está sem dor e pode fazer as coisas, dirigir, tomar sol, pegar peso. Apesar de a cirurgia plástica, normalmente, não ter complicação, porque é planejada e no melhor momento da paciente, ela requer cuidados”, orienta.

Os problemas mais comuns em prótese são hematoma, seroma (acúmulo de líquido abaixo da pele) e contratura capsular (rejeição). Além deles, há complicações como infecção, acidentes domésticos e até câncer. Veja a seguir:

Os tipos mais comuns de prótese de silicone

Implante liso: tem o maior índice de contratura capsular (em desuso no Brasil);
Implante texturizado: tem índice de 2% de contratura capsular;
Implante de poliuretano: apresenta os menores índices de contratura capsular (1%).

Os problemas mais comuns com silicone

Hematoma: costuma ocorrer nos primeiros dias de pós-operatório, provocado por movimentos bruscos e quebra do repouso.
Seroma: acúmulo de líquido abaixo da pele. Se for um seroma grande, pode exigir a troca da prótese.
Contratura capsular ou rejeição: começa a ser percebido por conta de pequenos incômodos ou dores nos seios. Outros sintomas são mama endurecida, assimetria entre os seios ou ondulações.

Os problemas mais raros

Acidente doméstico: as próteses de silicone costumam aguentar carga de até 200kg. Embora sejam raros, há acidentes que provocam a troca da prótese, sobretudo uma que já estava desgastada;
Infecção: também considerado raro, ocorre em casos de abertura dos pontos, seroma que não foi abordado ou até infecção em outra área do corpo que migrou para a prótese.
Câncer: ainda alvo de diversos estudos, o linfoma é muito raro, mas é relatado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Além disso, existe tratamento e a eficácia é boa.

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