Pior que a TPM: conheça o transtorno disfórico pré-menstrual

Os sintomas são os mesmo da tensão pré-menstrual, mas com maior intensidade e desdobramentos emocionais de ansiedade e depressão. Condição atinge até 10% das mulheres

Paula Filizola
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Sintomas como irritabilidade, aumento de apetite, retenção de líquidos, fadiga, dificuldade de concentração, seios doloridos e inchaço abdominal fazem parte da vida de 75% das mulheres, que sentem a chamada tensão pré-menstrual (TPM). A condição se apresenta de duas a uma semana antes do sangramento. Há, no entanto, um grupo mais restrito, que sofre os mesmos sintomas de forma mais intensa, com desdobramentos emocionais como ansiedade, depressão e sensação de falta de controle.

A forma mais severa da TPM foi denominada de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) e pode atingir até 10% das mulheres. Como a TPM normal, o TDPM ocorre até duas semanas antes e melhora com o início do ciclo menstrual. Segundo a ginecologista Jordanna Diniz, do Centro de Medicina Fetal (Cemefe), a condição resulta na piora do desempenho social e profissional, o que afeta a qualidade de vida das pacientes.

Medidas preventivas, como alimentação equilibrada e prática regular de atividades físicas, ajudam a amenizar o TDPM, mas o tratamento pode envolver antidepressivos e/ou ansiolíticos, porque há alterações nos neurotransmissores. Por ser uma condição mais emocional, o acompanhamento multiprofissional é necessário. “A recomendação é associar uma terapia medicamentosa prescrita pelo médico com sessões de acompanhamento psicológico”, finaliza Jordana.

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