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Pessoas com insônia têm mais chance de sofrerem doenças cardíacas

Pesquisa sueca sugere que falta de sono induz repostas estressantes no corpo, podendo resultar em AVCs e derrames

atualizado

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Foto colorida de rapaz vestido de branco no plan ode fundo e um relógio de ponteiro em primeiro plano - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de rapaz vestido de branco no plan ode fundo e um relógio de ponteiro em primeiro plano - Metrópoles - Foto: iStock

A insônia é um problema multifatorial: pode ser causada por estresse, ansiedade, depressão, uso de álcool e até mesmo por fatores genéticos. Para os que se encaixam neste último grupo, pesquisadores da Karolinska Institutet, na Suécia, têm uma má notícia. De acordo com uma pesquisa recém-finalizada, pessoas com traços genéticos para insônia têm maiores chances de sofrerem doenças cardíacas. O estudo foi publicado na revista especializada Circulation, feita pela American Heart Association.

Os pesquisadores estudaram dados de 1,3 milhão de pessoas e levaram em consideração diversos trabalhos científicos que correlacionam o distúrbio do sono a eventos cardíacos fatais. As informações dos participantes foram obtidas em quatro grandes estudos públicos na Europa, incluindo o Reino Unido Biobank.

A partir de uma técnica conhecida como randomização mendeliana, que compara a relação entre a variação genética e o risco de desenvolver doenças, os pesquisadores analisaram 248 marcadores genéticos associados à insônia. Eles, então, confrontaram as chances de cada participante desenvolver doenças como insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e fibrilação atrial.

O resultado do cruzamento de dados indicou que pessoas com risco genético de insônia tiveram aumento do risco de ataques cardíacos em 13%, de insuficiência cardíaca em 16% e de acidentes vasculares cerebrais em 7%.

O trabalho, contudo, não é suficiente para apontar se é a falta de sono a causa direta dos problemas de saúde ou se as doenças estão geneticamente conectadas à insônia. Uma explicação possível seria o aumento da resposta de luta ou fuga provocado pela insônia, uma vez que o problema ativa o sistema simpático.

Essa resposta estressante aumentaria a frequência cardíaca, a pressão e as contrações nos músculos, o que, por sua vez, intensifica o risco de derrames e de insuficiência cardíaca em longo prazo. Pesquisas anteriores já demonstravam a associação entre insônia e diabetes tipo 2.

Tudo isso aumentaria o risco cardiometabólico dos insones, ou seja, a possibilidade de que uma pessoa venha a ter lesões cardíacas e nos vasos sanguíneos, especialmente quando há fatores de risco somados, como obesidade e tabagismo.

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