De acordo com o médico otorrinolaringologista Márcio Nakanishi, esse problema era pouco frequente antes da pandemia. No entanto, como a parosmia é uma das principais sequelas da Covid-19, ela acabou tornando-se comum. “No nosso sistema olfatório existem receptores chamados de ACE 2, e o coronavírus tem uma chave, as espículas, que se encaixa exatamente na fechadura do epitélio respiratório. Por isso o vírus entra tão facilmente na via respiratória”, explica o otorrino.
Segundo o especialista, não existe nenhuma maneira de evitar ou prevenir a parosmia em pessoas infectadas pelo coronavírus. O problema também pode ocorrer simultaneamente com os sintomas da Covid-19, ou aparecer como uma sequela da doença, meses depois.
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A duração dessa condição pode variar de acordo com cada paciente e permanecer por alguns dias ou até por seis meses. “É importante que o paciente procure um médico para que ele dê as orientações corretas e faça um bom acompanhamento do quadro”, aconselha o Nakanishi.