OMS sobre cloroquina: “Ninguém está falando em uma pílula mágica”

Medicamentos sendo testados, segundo o órgão, buscam diminuir a velocidade e o tempo de infecção, mas não a cura da doença

Juliana Contaifer
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Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (30/03), a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a destacar que não há medicamento comprovadamente eficaz contra a Covid-19, mas vários estudos mostram que “há esperança”.

O chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, diz que todos os remédios em teste (como a cloroquina e antirretrovirais) não representam a possibilidade de cura do coronavírus, e sim uma maneira de diminuir duração e gravidade da infecção.

“Depende do estágio em que é administrada e da quantidade. Ninguém aqui fala sobre cura, uma pílula mágica para se recuperar da Covid-19, e sim de uma maneira de prevenir que os pacientes evoluam para um estado grave”, explica.

Ryan lembra ainda que, no caso da cloroquina, por exemplo, é importante manter em mente que o medicamento é essencial para pessoas com algumas doenças, então não pode ficar faltar nos estoques.

Uma corrida pelo remédio aconteceu em vários países depois de o presidente norte-americano Donald Trump falar sobre sua possível eficácia no combate ao coronavírus, causando problemas para quem faz uso crônico do medicamento.

“O uso deve ser feito com compaixão e só em situações específicas“, afirma o chefe do programa de emergências.

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