Mulher descobre que pontinho no nariz era câncer agressivo

Kate Flynn foi informada que marca não era motivo de preocupação, mas tratamento a deixou com cicatriz de 10 cm no rosto

Glaucia Chaves
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Uma pequena e aparentemente inofensiva marca no rosto de Kate Flynn, 31 anos, transformou-se em uma cicatriz que ela carregará para sempre. Apesar de ter sido informada por dermatologistas de que o pontinho no nariz não seria nada de mais, a inglesa acabou descobrindo que se tratava de um câncer de pele. A cirurgia para retirada do tumor a deixou com uma marca de 10 centímetros no rosto.

Kate notou o pontinho pela primeira vez em dezembro de 2016. Entretanto só mencionou a pintinha a um médico um ano depois, durante uma consulta de rotina.

O dermatologista chegou a enviar fotos do rosto da assistente bancária para outros médicos de Manchester, na Inglaterra, porém os especialistas também não viram nada de anormal. Os médicos receitaram um gel para limpeza de pele, o qual Flynn começou a usar em janeiro de 2018.

Sem efeito

Além do gel, Kate utilizava cremes hidratantes para tentar se livrar das crostas que se formavam no nariz. Os cosméticos receitados não fizeram efeito. Então, Kate voltou ao médico.

Preocupado com o crescimento da mancha, o profissional resolveu realizar exames mais detalhados. Os testes indicaram que a paciente estava com queratose solar, dano solar pré-canceroso que, se não tratado, poderia se transformar em câncer de pele.

Ela utilizou os medicamentos indicados por mais de um ano. Novamente, sem sucesso. Os médicos decidiram, então, realizar uma biópsia do nariz de Kate. Por fim, a paciente teve o diagnóstico de carcinoma basocelular, tipo de câncer de pele que começa nas células basais.

Para tratar o carcinoma, a equipe médica precisou cortar grande parte do nariz de Kate. Durante o procedimento, que durou seis horas, pequenos pedaços de pele são removidos e testados ao microscópio até que todo o câncer seja removido.

Após a cirurgia, Flynn foi encaminhada ao Hospital Christie no mesmo dia para uma reconstrução facial.

Cicatrizes

Para cobrir as áreas cortadas, os médicos retiraram parte da pele da testa da paciente. À medida que o tecido da testa cicatrizou no nariz, novos vasos sanguíneos foram sendo formados.

O procedimento demorou quatro semanas. Durante esse tempo, ela teve que ficar com uma espécie de aba aberta na testa, para que a pele crescesse novamente e pudesse ser costurada.

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Kate Flynn foi diagnosticada com carcinoma basocelular e ficou com cicatriz de 10cm no rosto
Kate precisou permanecer com a testa aberta por quatro semanas após a retirada do tumor

Depois que a pele da testa cresceu o suficiente para cobrir a ferida, Flynn voltou ao hospital para que os médicos pudessem terminar a reconstrução. A aba foi separada da testa completamente e costurada no nariz.

Apesar de curada, Kate ficou com uma cicatriz considerável, da testa ao nariz. Ao portal Daily Mail, Kate disse que o pontinho era “apenas uma pequena casca do tamanho de um ponto de caneta”. Ela disse que jamais se expõe ao sol e usa diariamente protetor solar fator 50.

Números

O carcinoma basocelular (CBC) é o tipo mais comum de câncer de pele: anualmente, afeta aproximadamente um milhão de habitantes dos Estados Unidos, segundo a Skin Cancer Foundation. Mais de um em cada três cânceres novos é de pele – a maioria diagnosticada como CBC.

Esse câncer surge nas células basais, que estão na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Os CBCs raramente são mortais e, diferentemente do carcinoma de células escamosas e do melanoma – o segundo e o terceiro tipos de câncer de pele mais comuns –, raramente se disseminam além do local de origem.

O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos dessa doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (Inca) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia.

(Com informações do portal Daily Mail)

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