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Máscara induz criação de anticorpos contra Covid-19, dizem pesquisadores

Artigo sugere que o contato com carga viral mais baixa aumenta as chances de quadro assintomático, havendo também a criação de anticorpos

atualizado

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Arman Zhenikeyev/Getty Images
casal usando máscara de proteção em tempos de coronavírus
1 de 1 casal usando máscara de proteção em tempos de coronavírus - Foto: Arman Zhenikeyev/Getty Images

Seja de tecido ou descartável, a máscara se tornou item essencial nos últimos meses como parte da proteção contra a infecção pelo novo coronavírus. Em nota publicada na última semana na revista científica The New England Journal of Medicin, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, sugerem que ela também contribui para a produção de anticorpos contra a Covid-19.

A justificativa é que a barreira criada pela máscara não garante a proteção total contra o vírus, mas reduz a exposição das pessoas a ele e, consequentemente, à carga viral, responsável pela gravidade da doença.

Com menos contato com o patógeno, aumentariam os casos de pessoas assintomáticas que não evoluiriam para um quadro grave e, mesmo assim, produziriam os anticorpos para a proteção contra o Sars-CoV-2, sugerem os especialistas.

“Se essa teoria for confirmada, o mascaramento de toda a população, seja com itens de tecido ou descartáveis, pode contribuir para aumentar a proporção de infecções por Sars-CoV-2 que são assintomáticas”, escreveram.

Esse processo é conhecido como variolação, um método de imunização usado antes da introdução da vacina contra a varíola que acabou erradicando a doença. Nele, pessoas suscetíveis à condição eram inoculadas com material retirado de um paciente com o objetivo de provocar uma infecção leve e subsequente imunidade.

Os pesquisadores da universidade norte-americana lembram que os países onde a população adotou o uso da máscara se saíram melhor em termos de taxas de doenças graves relacionadas à Covid-19 e às mortes. Ou seja, em ambientes com testes limitados, pode haver uma mudança no padrão das infecções de sintomáticas para assintomáticas.

Como exemplo, os cientistas lembram do caso do cruzeiro argentino fechado após a identificação de pacientes com a Covid-19. Todos os presentes na embarcação receberam máscaras cirúrgicas do modelo N95. Ao passar por testes, observou-se que a taxa de infecção assintomática ficou em 81%, valor muito maior do que os 20% observados em surtos anteriores nos quais muitos passageiros apresentaram sintomas.

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