Já é seguro deixar de usar máscara mesmo? Especialista comenta

Governos do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal já retiraram a obrigatoriedade do uso de máscara ao ar livre

Da Redação
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O uso de máscaras ao ar livre já não é mais obrigatório no Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. Nesta quinta-feira (9/3), o governador do DF, Ibaneis Rocha (PMDB), anunciou que o item de proteção também não será mais obrigatório em ambientes fechados da capital do país. 

A decisão de flexibilizar o uso de máscaras vem sendo justificada por causa da queda do número de internações por Covid-19 e do crescimento da taxa de vacinados.

De acordo com o médico Wanderley Cerqueira de Lima, neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, que trabalhou na linha de frente contra a Covid-19, abandonar completamente o uso de máscara, no atual momento, pode ser uma decisão precipitada.

“Nós não saímos da pandemia, houve apenas uma diminuição do número de óbitos, casos e internações graves”, afirma.

Para o médico, a flexibilização do uso de máscara em locais fechados apresenta maior risco. “Em lugares bem abertos e amplos, como campos, praias e parques – que não tenham muito movimento e aglomeração – tudo bem. Mas, sempre com a condição de cada um estar consciente de que, se aglomerar um grupo de pessoas nessas regiões mais amplas, deverá ocorrer o uso de máscaras”, alerta o médico.

“Vacinei, mas peguei Covid”: saiba por que vacinados podem se infectar

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Mesmo em países com alta taxa de imunização, o número de vacinados infectados pela Covid está crescendo. Apesar de o que possa parecer, isso não significa que os imunizantes não funcionam
Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção
Em outras palavras, o principal objetivo da vacina não é barrar a infecção, mas impedir que o coronavírus cause complicações graves, principalmente se tratando de grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos
Vacinas como a da gripe, por exemplo, funcionam da mesma maneira há décadas. A proteção fornecida pelo imunizante atua contra formas mais severas da influenza e ajuda a diminuir a quantidade de casos que poderiam colapsar sistemas de saúde
Segundo especialistas, a necessidade de reforçar as doses da vacina existe porque a imunidade contra o vírus não dura para sempre. Além do fato de o coronavírus apresentar grande potencial de mutação, muitas vacinas, como a da Covid, precisam ser reaplicadas de tempo em tempo para garantir a proteção necessária
A variante Ômicron é mais transmissível e consegue “desviar” da imunidade cedida pela vacina. Sendo assim, mesmo que estejamos com todas as doses em dia, a chance de contrair o vírus estando exposto a aglomerações, sem seguir as devidas normas sanitárias, existe
O atual aumento nos diagnósticos positivos podem ser explicados por aglomerações causadas nas festas de fim de ano, aniversários, feriados prolongados, etc.
No entanto, é clara a desaceleração das mortes em todo o mundo, o que reforça a importância da vacinação, principalmente em um cenário de circulação da Ômicron

 

Leia mais detalhes sobre o assunto na reportagem do portal Saúde em Dia, parceiro do Metrópoles.

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