Uma pesquisa recente sugere que o HMB (sigla para beta-hidroxi beta-metilbutirato em inglês) fortalece não só o corpo como também a mente. Conhecido por ajudar na construção de massa magra, o suplemento conseguiu evitar o aparecimento de placas de proteínas características do Alzheimer no cérebro de ratos.
Realizada por neurologistas da Universidade de Rush, nos Estados Unidos, a pesquisa foi publicada na revista Cell Reports em 11 de julho.
O HMB é substância que o nosso organismo produz naturalmente a partir do consumo de um aminoácido chamado leucina. A leucina está presente em alimentos ricos em proteínas, como carne, frango, leite, peixe e ovos. É a síntese dessa proteína que produz os nossos músculos.
“O HMB ajuda na síntese proteica e na recuperação muscular. Ele pode reduzir a degradação muscular durante períodos de treinamento intenso e melhorar o desempenho atlético em dosagens que, normalmente, estão entre 1,5 e 3 gramas por dia”, afirma o ortopedista esportivo Alexandre Guedes, de Valinhos (SP).
Segundo o nutricionista funcional Diogo Cirico, responsável técnico pela Growth Supplements, embora o próprio corpo produza a substância, é necessária uma ingestão muito alta de proteínas para conseguir os efeitos propiciados pela suplementação. “O HMB resulta de um aminoácido chamado leucina. Para produzir 1 grama de HMB, são necessárias cerca de 20g de leucina, quantidade encontrada em 200 gramas de carne vermelha”, explica Cirico.
Evidências limitadas
O HMB que encontramos à venda em lojas de suplementos são compostos químicos similares à substância produzida pelo corpo. Ele pode ser vendido em cápsulas, em pó, em gelatina ou, até mesmo, em gel. “Ele é bastante seguro quando tomado nas doses corretas e não costuma causar efeitos colaterais”, completa Guedes.
“Mais do que dar músculos, o HMB está associado à prevenção da perda de massa muscular, o chamado catabolismo. Ele protege o corpo de danos musculares causados pelo esforço físico e pela inflamação muscular”, diz Cirico.
Embora tenha se mostrado muito eficiente em animais, uma revisão de estudos de 2020 publicada na revista Nutrients trouxe poucas evidências sobre a eficácia para aumentar a força corporal e a resistência em humanos.
Segundo a nutricionista Michelly Boechat, de Niterói (RJ), especialista em fisiculturismo, o uso do suplemento está em alta. Ela opina, no entanto, que o HMB deve ser tomado apenas com orientação profissional. Em relação ao efeito neuroprotetor, o estudo é inicial e, portanto, não existe recomendação alguma com este fim.
“O HMB costuma ser indicado para pessoas que fazem treinamento de alta performance, maratonistas, crosfiteiros e fisiculturistas profissionais. No geral, a creatina já corresponde às necessidades da maioria dos pacientes”, diz Michelly.
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