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Fiocruz: mutação das variantes mais transmissíveis já domina 6 estados

Mutações semelhantes às da variante brasileira, britânica e sul-africana do coronavírus foram detectadas na maioria das amostras analisadas

atualizado

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ilustração de coronavírus
1 de 1 ilustração de coronavírus - Foto: GettyImages

A Fiocruz divulgou, nesta quinta (4/3), um comunicado técnico onde afirma ter detectado cepas com mutações semelhantes às da variante brasileira, britânica e sul-africana do coronavírus nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Foram analisadas mais de mil amostras com um novo protocolo de RT-PCR.

O teste não identifica exatamente qual é a cepa, apenas verifica a presença da mutação. O protocolo não substitui a necessidade de sequenciamento genético para definir exatamente quais são as variantes em circulação.

As amostras vieram de Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Dos oito estados, apenas dois mostraram prevalência da mutação em menos de 50% das amostras avaliadas: Alagoas e Minas Gerais.

Segundo os pesquisadores, a alta circulação de pessoas e o aumento da propagação do coronavírus tem levado ao surgimento deste tipo de variante. Por enquanto, se sabe que essa mutação está relacionada ao aumento da transmissibilidade do vírus, mas não se tem relação com um desfecho pior da Covid-19.

“Ainda que até o momento não tenha sido observada uma clara associação dessas variantes com uma evolução clínica mais grave, torna-se fundamental a necessidade de estudos adicionais para determinar o real impacto e possível influência dessas variantes na dinâmica de ocorrência da Covid-19”, escrevem os cientistas da Fiocruz no documento.

Para evitar que o vírus continue mutando, os responsáveis pelo levantamento pedem que se reforcem as medidas não-farmacológicas (distanciamento social, uso de máscara e higienização de mãos e superfícies) enquanto a situação epidemiológica do país não melhora. Campanhas de comunicação por parte do governo e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) também são apontadas como ações essenciais para barrar as mutações.

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