Está de dieta? Aprenda a ler os rótulos dos alimentos

As informações nutricionais são importantes para o sucesso da dieta pois servem para avaliar a qualidade do que está sendo consumido

Paula Filizola
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Você tem o hábito de ler o rótulo dos alimentos que consome? Pode parecer besteira, mas essa é a única maneira de saber exatamente o que você está comendo. Além da tabela nutricional, os produtos obrigatoriamente apresentam uma lista de ingredientes.

Pesquisa do Datafolha publicada no ano passado aponta que aproximadamente 48% dos brasileiros não têm o hábito de ler as informações contidas nos rótulos dos alimentos. Dos 52% que leem esses dados, 35% entendem apenas “mais ou menos”, outros 14% dizem que “entendem corretamente” e 3% “não entendem nada”.

Com tantas opções nos supermercados, o consumidor fica perdido. A informação, no entanto, é a melhor forma de garantir uma compra consciente e, se você está fazendo dieta, é muito importante para alcançar os objetivos desejados. Por exemplo, será que produtos intitulados “integral” são, de fato, integrais?

A nutricionista Michelle Mendes, que atende na Aliança Instituto de Oncologia em Brasília, afirma que ainda hoje não há uma legislação específica determinando quanto de farinha integral é necessário para que um produto seja classificado como integral. “Estamos passando por um processo de regulamentação, acredito que precisamos usar letras maiores, com informações mais claras”, pondera a profissional.

Topa um desafio? Vá até a dispensa da sua casa e separe um pão integral industrializado para analisar.

Por determinação da Resolução nº 259/02 da Anvisa, a lista de ingredientes deve seguir ordem decrescente de proporção – ou seja, o primeiro item é aquele que está em maior quantidade no produto e o último o que está em menor quantidade.

Se o primeiro ingrediente for “farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico”, significa que o produto apresenta maior quantidade de farinha branca refinada do que os demais ingredientes. Sendo assim, ele não é de fato integral.

Alguns industrializados que se dizem “zero açúcar”, por exemplo, trazem em suas embalagens nomes mais rebuscados, mas que significam a mesma coisa. Exemplos: sacarose, maltodextrina, frutose, lactose, dextrose, xarope de milho (ou de malte) e açúcar invertido.

Abaixo da lista de ingredientes, normalmente os produtos vêm com uma observação alertando para a possível presença de alergênicos, como glúten, vestígios de amendoim, leite, nozes, soja, entre outros.

Para complementar essa lista, é importante que a pessoa verifique a quantidade de cada item na tabela de informações nutricionais, como carboidratos, proteínas, gorduras, gorduras trans, fibras e sódio. Essa informação é dada com base em uma porção do produto, que normalmente vem descrita em medidas caseiras, como uma fatia de pão, um pacote, cinco bolachas ou uma unidade.

“Sempre oriento meus pacientes sobre o hábito de ler as embalagens e, assim, identificar quais são os melhores alimentos. As pessoas têm tendência a olhar direto para o valor calórico, mas a lista de ingredientes é muito importante”, explica Michelle. “O objetivo é aprender a comer de maneira mais saudável e a se preocupar com a qualidade do alimento”, conclui.

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