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Em aglomerações e sem máscara, Bolsonaro aumentou risco de pegar Covid-19

Após relatar febre de 38ºC, presidente realizou o teste no HFA e teve a confirmação da doença nesta terça (7/7)

atualizado

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Myke Sena/ Especial Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro comprimenta participamente do protesto contra o Congresso Nacional e o STF
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro comprimenta participamente do protesto contra o Congresso Nacional e o STF - Foto: Myke Sena/ Especial Metrópoles

Um dia após relatar febre de 38ºC e fazer exames no hospital, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu a confirmação de teste positivo para o novo coronavírus nesta terça-feira (7/7).

Em meio a uma pandemia que já havia infectado ao menos 1.623.284 de brasileiros até a noite de segunda-feira (6/7), Bolsonaro agora entra nas estatísticas que fazem do Brasil o segundo país do mundo em número de ocorrências da doença.

O diagnóstico, dado pelo próprio presidente em coletiva de imprensa por volta das 12h30, ocorre após uma série de episódios em que o mandatário do país se colocou em risco ao deixar de seguir recomendações de especialistas e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Veja cinco comportamentos do presidente que o puseram em situação de risco e aumentaram as chances de contrair a Covid-19.

1. Negacionismo – Desde as informações iniciais sobre o novo coronavírus, o presidente adotou postura de negar a gravidade da situação. Palavras como “histeria”, “neurose” e “gripezinha” foram usadas por Bolsonaro para qualificar a Covid-19.

2. Recusa à máscara – A cada dia, um novo estudo reforça a importância do uso de máscara para reduzir a chance de contágio entre as pessoas. O mais recente indica que a proteção facial reduz em até 40% a taxa de crescimento de novos casos. Em contrapartida, Bolsonaro sempre foi avesso ao item. O presidente chegou a desobedecer ordem judicial que obriga os moradores do DF a usarem máscara. Depois, conseguiu reverter a situação na Justiça.

3. Exposição em manifestações – Uma das principais recomendações da Organização Mundial da Saúde e demais órgãos sanitários para evitar o contágio do novo coronavírus é não fazer aglomerações. Bolsonaro, no entanto, desrespeitou essa orientação inúmeras vezes ao frequentar protestos pró-governo. Até mesmo sem máscara, ele se aproximou dos manifestantes e ignorou o fato de não ser indicado se reunir em multidões.

4. Cumprimentos e abraços – Uma das instruções recorrentes desde o início da pandemia é evitar o contato com pessoas que não são do seu convívio familiar. Apertos de mão, abraços e beijos são atitudes extremamente contrárias às orientações de segurança. Isso, no entanto, também vinha sendo negligenciado pelo presidente há meses. Em um dos recentes atos pró-governo, ele carregou nos braços um menino que furou o bloqueio e subiu a rampa do Palácio do Planalto.

5. Hidroxicloroquina – Já nos primeiros sintomas e antes do teste positivo, Bolsonaro iniciou tratamento com hidroxicloroquina, embora não haja comprovação científica de que esse medicamento seja eficaz no combate à Covid-19. Ao contrário, estudos mostram que o fármaco pode apresentar efeitos colaterais. A OMS já o retirou da lista de possíveis tratamentos para o novo coronavírus.

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