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Depressão ou tristeza? Saiba diferenciar sintomas e quando pedir ajuda

Apesar de os sinais das condições serem semelhantes, os pacientes com depressão não conseguem identificar a fonte da tristeza e negam ajuda

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Na foto, uma pessoa sentada com a cabeça abaixada- Metrópoles
1 de 1 Na foto, uma pessoa sentada com a cabeça abaixada- Metrópoles - Foto: iStock

Descontentamento, desânimo, falta de energia para realizar atividades do dia a dia, alterações no sono, no apetite e baixa autoestima: todos esses sintomas são comuns em momentos de tristeza, mas também podem ser indicativos de depressão. Enquanto a primeira condição é temporária e não requer tratamento medicamentoso, a depressão necessita de cuidados especiais.

De acordo com a psicóloga clínica Ana Café, a tristeza e a depressão muitas vezes se confundem, mas é possível diferenciar os sintomas de acordo com a intensidade, duração e características específicas de cada uma das condições.

Porém, mesmo com a presença de vários sinais, somente um médico psiquiatra poderá realizar o diagnóstico de depressão. Em alguns casos, o problema é identificado em apenas uma consulta, enquanto em outros, são necessários mais atendimentos para descartar a existência de condições como depressão bipolar ou transtorno de ansiedade generalizada.

“A tristeza é um sentimento normal e que faz parte do nosso dia a dia, assim como a raiva e a alegria. Ela dura algumas horas ou dias, mas quando se prolonga para além de semanas, já podemos pensar em uma depressão endógena ou exógena”, explica a especialista.

A depressão endógena não tem uma causa externa causadora, estando relacionada a uma alteração estrutural na bioquímica do cérebro. Já a depressão exógena é desencadeada por fatores externos, como uma demissão, bullying na infância ou um aborto. Para Ana, existe uma tendência em pacientes depressivos de negarem os sintomas, enquanto pessoas tristes conseguem identificar os motivos por trás do sentimento.

A psicóloga explica que, independente da situação, investir e tratar a mente é uma necessidade básica da atualidade. Ela indica que uma pessoa deve procurar ajuda quando perceber os seguintes sintomas:

  • Humor triste, ansioso ou sensação de “vazio” persistente;
  • Sentimentos de desesperança, luto ou pessimismo;
  • Irritabilidade;
  • Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo;
  • Perda de interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades;
  • Mover ou falar mais devagar;
  • Dificuldade de concentração, lembrança ou tomada de decisões;
  • Dificuldade para dormir, despertar de manhã cedo ou dormir demais;
  • Dores, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem uma causa física clara ou que não se aliviam mesmo com tratamentos.

A profissional ainda ressalta que pensamentos suicidas e tentativas contra a própria vida são alertas vermelhos que exigem urgência na consulta de um especialista. Durante o mês de setembro, a conscientização a respeito do suicídio marca a importância da ajuda profissional quando surgem ideações suicidas, visto que a depressão é um dos principais fatores que levam à realização do ato.

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Tratamento

De acordo com a especialista, a tristeza e a depressão exógena podem ser tratadas, muitas vezes, apenas com psicoterapia. Já o tratamento da depressão endógena pode exigir o uso de medicamentos específicos associados ao acompanhamento terapêutico, oferecendo melhores resultados. Em ambos os casos, a intervenção precoce contribui para diminuição dos episódios depressivos e melhoria na qualidade de vida do paciente, evitando agravamento dos sintomas.

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