Covid: três sinais na pele, unhas e lábios que podem indicar a Ômicron

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, afirma que coloração da pele pode indicar infecção pela variante Ômicron

Jaqueline Fernandes
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Desde o surgimento da variante Ômicron, em novembro de 2021, os cientistas vêm buscando entender os sintomas e a letalidade da nova cepa. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, orienta sobre sintomas aparentes nos lábios, na pele e nas unhas que podem indicar contaminação pela variante do coronavírus.

De acordo com o órgão de saúde, os três sinais que apontam infecção pela Ômicron são aspectos pálidos, acinzentados ou azulados nas áreas. O tom da pele pode indicar baixos níveis de oxigênio no sangue, sendo assim, o CDC sugere procurar ajuda imediatamente se notar qualquer mudança de cor.

Os sintomas podem vir acompanhados de dificuldade para respirar, dor ou pressão persistente no peito, indisposição e confusões mentais. Em pessoas mais velhas e vulneráveis, os riscos de aparecimento dos sinais são maiores, entretanto, pacientes mais jovens e saudáveis também podem, em casos raros, manifestar os sintomas e precisar de ajuda médica.

As autoridades de saúde dos EUA afirmam que tem sido mais difícil identificar os sintomas da Ômicron do que os das cepas anteriores, uma vez que os sinais são parecidos com doenças sazonais, como gripe ou resfriado comum.

Importância da vacina

Embora seja importante estar atento aos sinais de alerta, uma série de estudos mostra que a Ômicron é mais suave do que outras cepas do coronavírus. Contudo, especialistas seguem reforçando a importância das duas dose da vacina e o reforço para controle da pandemia.

O secretário de Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, disse em entrevista ao NHS que o país está enfrentando semanas difíceis com a onda de contaminações pela Ômicron, e afirma que “a melhor coisa que as pessoas podem fazer é obter a dose de reforço”.

“Sabemos agora que a Ômicron é menos grave. Nossas análises mais recentes também mostram que a chance de hospitalização pela cepa é quase 90% menor do que a Delta”, declarou.

Saiba mais sobre Ômicron

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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
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