Covid: mesmo com variante e abertura, casos no Reino Unido despencam

Cientistas estão tentando explicar porque novos diagnósticos sofreram uma queda quando se esperava um aumento no número de infectados

Juliana Contaifer
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Depois da Eurocopa, com a disseminação da variante Delta e a retirada de todas as restrições de circulação, cientistas e o governo do Reino Unido esperavam uma alta nos novos casos de Covid-19. Porém, o país tem visto o cenário oposto: nos últimos dias, há uma queda expressiva nos novos diagnósticos.

Ainda não há explicação: apesar de mais de 70% da população já estar completamente imunizada, os especialistas não acreditam que o sucesso possa ser atribuído exclusivamente à vacina.

O fato de que o país passa por uma onda de calor e as escolas estarem fechadas durante as férias de verão podem ajudar a explicar a queda. Também entra na equação o sistema eficaz de rastreamento de contatos: na última semana, 620 mil pessoas receberam uma mensagem pelo app do serviço de saúde avisando que tiveram contato com um caso e devem se isolar).

Outra possibilidade é que a população já vacinada esteja evitando fazer testes, uma vez que isso as obrigaria a adiar qualquer plano e entrar em quarentena em caso de resultado positivo.

Apesar do bom momento, o governo britânico não quer comemorar antes da hora. O primeiro-ministro Boris Johnson diz não querer chegar a conclusões precipitadas sobre o assunto. “As pessoas precisam continuar muito cautelosas, esse é o posicionamento do governo”, afirmou, em entrevista coletiva nesta terça (27/7).

Mesmo com a queda nos casos, o país registrou um pequeno aumento nas hospitalizações e mortes — apesar de serem números baixos em comparação aos piores momentos da pandemia, 6 mil pessoas foram internadas e 91 morreram nas últimas 24h.

Em entrevista à BBC, o professor Neil Ferguson, do Imperial College London, demonstrou um otimismo cauteloso. “Não estamos completamente à salvo. Mas a equação foi mudada fundamentalmente. O efeito das vacinas foi enorme na redução de hospitalizações e mortes. E estou positivo que, até o final de setembro ou outubro, teremos passado pelo pior da pandemia”, explica.

Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam:

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