Covid: aumento de casos no México sinaliza 5ª onda da pandemia no país

As subilinhagens BA.4 e BA.5 da variante Ômicron são as responsáveis pela maioria das infecções registradas nas últimas semanas

Bethânia Nunes
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O México registrou 16.133 novos casos de Covid-19 na quinta-feira (23/6), segundo dados oficiais divulgados pelo Ministério da Saúde do país. É o maior número em um único dia desde fevereiro e representa um indicativo de que o país caminha para uma quinta onda da pandemia.

As subilinhagens BA.4 e BA.5 da Ômicron são as responsáveis pela maioria das infecções no país. “O que identificamos nas últimas nove semanas é um aumento progressivo na frequência de casos”, disse o vice-ministro da Saúde, Hugo Lopez-Gatell, em entrevista coletiva.

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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19
A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer
As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea
Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

O número de mortes segue controlado. Nos últimos sete dias, o país registrou uma média de 24 óbitos diários. De acordo com o governo, apenas 4% dos leitos dos hospitais foram ocupados até a terça-feira (21/6) e 1% dos leitos das emergências.

Lopez-Gatell atribuiu o número à imunidade adquirida pelas vacinas ou por infecções anteriores. (Com informações da Reuters)

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