De acordo com um estudo feito pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, a variante britânica do coronavírus, conhecida como B.1.1.7, pode aumentar a chance de morte em cerca de 35% em pacientes confirmados com a infecção. A pesquisa ainda não foi analisada pela comunidade científica, um passo essencial para apontar qualquer fragilidade no levantamento.
Em homens entre 70 e 84 anos, o risco de falecimento por conta de uma infecção provocada pela nova variante cresceu 1%. Para homens com mais de 85, o aumento foi de 5%. Os pesquisadores perceberam elevação do risco em todos os grupos etários, em ambos e sexos e em todas as etnias. “Os dados mostram evidências fortes que existe uma alta na mortalidade com a nova variante“, afirmou Henrik Salje, epidemiologista da Universidade de Cambridge, à revista Nature.
Porém, a porcentagem baixa no número de jovens que morreram em decorrência da doença indicaria que a variante afeta mais pessoas idosas. Os achados são consistentes com outras pesquisas publicadas até agora — segundo publicação do Imperial College London, a mortalidade para pacientes infectados com a nova cepa é 36% maior.
Apesar disso, Muge Cevik, especialista em saúde pública da Universidade de St. Andrews, na Escócia, diz que é preciso analisar mais dados para confirmar que a variante britânica realmente é mais mortal do que as anteriores.
Um dos argumentos dela é que o novo estudo não lista as comorbidades dos participantes da pesquisa, uma informação que pode interferir na taxa de mortalidade. Também foram analisados apenas 7% dos óbitos que aconteceram no Reino Unido, um percentual considerado pequeno.
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