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Covid-19: pesquisa aponta fatores que agravam riscos em pacientes de câncer

Levantamento foi realizado pelo Instituto Nacional do Câncer a partir de prontuários de 181 pacientes infectados pelo coronavírus

atualizado

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Reprodução/Istock
Fotografia colorida mostra corredor de hospital
1 de 1 Fotografia colorida mostra corredor de hospital - Foto: Reprodução/Istock

Um estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostrou que pacientes com câncer infectados pelo novo coronavírus têm maiores chances de complicações e risco de morte. A pesquisa brasileira foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e os resultados publicados na segunda-feira (29/06) no site medRxiv.

Os pesquisadores analisaram o quadro clínico de 181 pessoas internadas no Inca com Covid-19, entre 30 de abril e 26 de maio. Um terço deles morreu depois de complicações provocadas pela infecção. Cerca de 38% tiveram insuficiência respiratória; 22,1% apresentaram choque séptico e 18,2%, lesão renal aguda.

De acordo com o estudo, os pacientes mais preocupantes, com evolução para quadros mais graves, são os com tumores sólidos. Entre eles: câncer de mama (22,1%), gastrointestinal (13,3%) e ginecológico (12,2%). Nos casos de cânceres hematológicos, menos casos evoluíram para o estágio grave: linfoma (11%) e leucemia (5,5%).

De acordo com o trabalho, os principais fatores de risco para os pacientes oncológicos são: idade e estágio do câncer avançados, metástase e presença da proteína C reativa.

“As taxas de complicações e mortes específicas por Covid-19 foram significativamente altas. Nossos dados solicitam políticas públicas urgentes e eficazes para esse grupo de pacientes especialmente vulneráveis”, afirmam os autores do estudo.

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