Coronavírus: nitazoxanida (Annita) é mais tóxico que cloroquina

De acordo com estudo conduzido na China, o remédio "secreto" do ministro Marcos Pontes não é considerado seguro para tratamentos

Bethânia Nunes
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O remédio “secreto” citado pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, na última quarta-feira (15/04), como uma alternativa para o tratamento do novo coronavírus é, na verdade, mais tóxico e menos efetivo no tratamento da Covid-19 do que a cloroquina, segundo pesquisas feitas na cidade de Wuhan, na China.

Em entrevista, Pontes afirmou que um medicamento de uso bastante comum teria obtido resultados de 94% na redução da carga viral em ensaios feitos com células infectadas pelo novo coronavírus. O ministro falou que não divulgaria o nome do medicamento para evitar uma corrida às farmácias, como aconteceu no caso da cloroquina.

Em seguida, descobriu-se que o “remédio secreto” é um vermífugo à base da substância nitazoxanida, medicamento conhecido pelo nome comercial Annita.

Na  China, foram comparadas sete drogas em laboratório. A cloroquina foi considerada a menos tóxica e a mais efetiva. A nitazoxanida só respondeu adequadamente contra o vírus em doses altas, que se mostraram danosas ao ser humano.

Na quinta-feira (16/04), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda da nitazoxanida sem receita médica especial, em duas vias, para evitar que a população corra para as farmácias para adquirir o medicamento.

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