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Caso Luxemburgo: saiba a diferença entre mancha e câncer de pele

Se detectado nos estágios iniciais, o câncer e o melanoma (a forma mais agressiva da doença), podem ser tratados

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Dermatologist examines a mole
1 de 1 Dermatologist examines a mole - Foto: istock

Vanderlei Luxemburgo, 67 anos, foi diagnosticado nesta sexta-feira (22/11/2019) com câncer de pele. Segundo o portal GloboEsporte.com, o técnico do Vasco fez biópsia em três pintas e o exame revelou que, uma delas, era maligna e caracteriza a neoplasia. O próximo passo no tratamento é uma raspagem, que é considerada uma cirurgia simples.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele é o mais comum entre os brasileiros. A doença se divide em três tipos: o carcinoma basocelular, o espinocelular e o melanoma. O último, apesar de menos frequente, é o mais perigoso por ter alto potencial de metástase: pode infectar pulmões, ossos, fígado e cérebro.

Segundo o INCA, a cada ano são registrados 5.560 novos casos da doença e 1.547 óbitos anualmente por conta do melanoma. Em 70 anos, o risco de desenvolver esta vertente da doença de pele aumentou 35 vezes.

O problema é maior porque a sociedade relaciona o bronzeado a um estilo de vida saudável quando, na verdade, a exposição prolongada aos raios ultravioleta sem proteção solar adequada é uma das principais culpadas pelo câncer de pele em geral. E, segundo uma pesquisa publicada na revista americana Cancer Pidemiology, Bomarkers & Prevention, queimaduras solares na adolescência aumentam em 80% o risco de desenvolver melanoma.

Pessoas muito brancas, com olhos claros, cabelos loiros e ruivos, que, quando expostas ao sol, se queimam e não bronzeiam fazem parte do grupo de risco. Quem tem muitas pintas pelo corpo também deve prestar atenção, assim como pacientes que têm histórico pessoal ou familiar de câncer. Se detectado precocemente, é possível retirar o melanoma por meio de cirurgia.

Aprenda a diferenciar uma pinta comum de algo que é preciso prestar atenção

istockAssimetria: imagine uma divisão no meio da pinta e verifique se os dois lados são iguais. Se apresentarem diferenças, deve ser investigada.

Bordas irregulares: verifique se a borda está irregular, serrilhada, não uniforme

Cor: verifique se há várias cores misturadas em uma mesma pinta ou mancha

Diâmetro: veja se a pinta ou mancha está crescendo progressivamente. Se for maior que seis milímetros, é melhor procurar um médico

É uma mancha que coça, arde, escama ou sangra, que não cicatriza e que muda a textura da pele.

Tratamento
Em casos de melanoma detectados precocemente, é possível fazer uma cirurgia e retirar a lesão da pele. Mas em ocorrências mais avançadas, com metástase, ainda é preciso passar por quimioterapia (quando no SUS) ou procurar uma combinação de terapias alvo e imunoterapias.

Em um estudo apresentado durante o congresso da ASCO este ano, a Novartis apresentou a nova fase de um estudo que comparou pacientes que receberam monoterapia com terapia alvo (dabrafenibe) com outros que receberam o mesmo medicamento em combinação com o trametinibe, também uma terapia alvo. O estudo é uma esperança para os pacientes com melanoma: a sobrevida global dos tratados com monoterapia foi de 23% e 21% nas análises de quatro e cinco anos, respectivamente, em comparação a 30% e 28% nos que tomaram a combinação de medicamentos.

Prevenção
Além do autoexame regular da pele, procurando por lesões que se diferenciem, é importante evitar a exposição ao sol entre as 10h e as 16h. O uso do filtro solar com fator de proteção de pelo menos 30 deve ser diário e, quando em atividades ao ar livre, reaplicado a cada duas horas. Pessoas que estão no grupo de risco devem inserir consultas ao dermatologista com frequência anual para exames completos.

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