Violência homofóbica e transfóbica faz 148% mais vítimas em SP

Mapa da Desigualdade 2022, divulgado nesta quarta (23/11), mostra aumento de vítimas dessa violência entre 2020 e 2021 na cidade de SP

atualizado 23/11/2022 13:06

Homofobia. Mão com arco-íris pintado - Metrópoles Getty Images

São Paulo – A violência homofóbica e transfóbica fez 148,8% mais vítimas na cidade de São Paulo. A informação é do Mapa da Desigualdade 2022, que foi divulgado pela Rede Nossa São Paulo nesta quarta-feira (23/11).

Segundo o levantamento, 597 pessoas sofreram, em 2021, com agressões por serem homo ou transsexuais. O estudo também apresentou que, em 2020, foram 227 vítimas. Já em 2016, o número registrado de vítimas foi de 240.

O Mapa da Desigualdade considerou para esse indicador informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) e do Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

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Violência contra comunidade LGBTQIAP+

A pesquisa também apontou que a violência contra comunidade LGBTQIAP+ aumentou 143% na capital paulista.

Esse é um coeficiente que considera o número total de pessoas vítimas de violência homofóbica e transfóbica para cada 100 mil habitantes. Esse indicador, em 2021, foi de 5,0; em 2020, o índice foi 1,9; e, em 2016, o coeficiente era 2,1.

Barra Funda região mais violenta

Na apresentação da pesquisa, em evento no Sesc Ipiranga, Paloma Lima, assessora de indicadores do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), ressaltou que Barra Funda é distrito com maior violência contra a comunidade LGBTQIAP+. A região tem um coeficiente de 67,3 para o tema.

“É importante destacar que o indicador de violência LGBTQIA+ retrata violências que, geralmente, ocorrem no espaço público. Então, a gente pode perceber que as regiões de maior circulação da população são as regiões que registram mais violência”, disse Paloma.

Mapa da Desigualdade

O Mapa da Desigualdade é produzido pela Rede Nossa São Paulo, organização da sociedade civil vinculada ao Instituto Cidades Sustentáveis (ICS). Divulgado anualmente desde 2012, o estudo compara as condições dos distritos da capital paulista.

O levantamento aborda 11 temas: habitação, trabalho e renda, mobilidade, infraestrutura digital, direitos humanos, saúde, educação, cultura, esporte, meio ambiente e segurança pública.

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