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População não deixou área de risco em 88% dos casos após alertas

Auditoria do TCE-SP mostra que defesas civis municipais não retiraram população de área de risco iminente em 88% dos casos

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
SP confirma 65 mortes em tragédia no litoral e muitos sem moradia4
1 de 1 SP confirma 65 mortes em tragédia no litoral e muitos sem moradia4 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Auditoria do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) divulgada nesta segunda-feira (20/3) sobre prevenção de desastres naturais mostra que 88% das Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civis (Compdecs) não retiraram a população de áreas de risco depois que elas entraram em estado de alerta para catástrofe.

Os moradores continuaram nos locais de risco iminente durante momentos críticos mesmo tendo vistorias de campo que apontaram que a evacuação seria necessária.

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A fiscalização também expôs falhas na execução do Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e de Redução de Riscos (PDN) no ano passado, em uma avaliação que abrangeu 177 Compedecs do estado.

O relatório mostra ainda que entre 2011 e 2022 o Estado deixou de investir 38% do orçamento destinado para prevenção de desastres. Nesse período, R$ 10,4 bilhões estavam reservados para esse fim, mas foram efetivamente gastos R$ 6,4 bilhões.

O conselheiro Antonio Roque Citadini, do TCE, fez um despacho na última terça-feira (14/3), dando prazo de 15 dias para que o governo de São Paulo esclareça a execução e os investimentos do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil.

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