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Ibaneis Rocha: “Aos 62 anos, a vida volta ao normal”

Brasília faz aniversário e começa a deixar para trás esse tempo carregado, olhando para o futuro

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atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Brasília-Buriti
1 de 1 Brasília-Buriti - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Mais do que nunca, é hora de olhar para o futuro. Os dois anos em que passamos sob o signo da pandemia estão ficando para trás, ainda que os efeitos do vírus causador da Covid-19 sejam sentidos entre nós e que muitos cuidados devam continuar a ser mantidos.

É hora de enfrentar as consequências, e eu posso dizer que o Distrito Federal está preparado para essa nova etapa, que coincide com o aniversário de 62 anos da nossa capital.

Muitos recursos foram investidos no combate ao mal que assolou o mundo. Ninguém estava preparado para o que veio. No DF, nós tomamos as medidas adequadas para cada momento, confiando inicialmente na prevenção e em seguida na vacinação, que afinal se mostrou efetiva. Acredito que o nível de acertos foi superior ao de erros.

Do mesmo jeito, tomamos atitudes que possibilitam agora que a retomada da vida normal seja feita de maneira mais rápida no Distrito Federal, como mostram os dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), que já apontam uma redução importante no desemprego. Isso está sendo possível porque nos preparamos.

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Decidimos por medidas econômicas que protegeram os empregos, incluindo empréstimos bancários, e preservamos a indústria da construção civil, nossa maior empregadora, que não parou.

Contamos com a importante adesão das empresas que protegeram seus funcionários e, em outra ponta, aceleramos o volume de obras públicas, para que mais empregos fossem criados neste período tão difícil. Aproveitando a paralisação das aulas, por exemplo, reformamos todas as escolas, além de termos construído outras, incluindo creches.

Importantes intervenções nas vias de grande movimento foram feitas neste período, aproveitando a redução do trânsito. Isso se juntou a obras importantes, como a completa recuperação do Eixão — feita à noite para reduzir o impacto —; a reconstrução do viaduto em frente ao Setor Bancário Sul, que havia desabado e continuava no chão; e a construção da nova Galeria dos Estados.

O trabalho de recuperação de áreas degradadas pela falta de conservação continua. Terminamos o Setor de Rádio e TV Sul, o Setor Hospitalar e a W3 Sul, continuamos a obra na Avenida Hélio Prates, na Avenida Paranoá e no Setor Comercial Sul, entre outras. Centenas de pequenas obras estão espalhadas por todas as regiões, reerguendo meios-fios, recuperando o sistema de drenagem, reformando parquinhos.

Também investimos em obras que estavam paradas, mas que a sociedade esperava ansiosa, como o Complexo Viário Joaquim Roriz, que resolveu o problema da Saída Norte (ainda há um gargalo na segunda entrada de Sobradinho, onde estamos construindo um viaduto). Ou as três novas estações do metrô que inauguramos — uma em Taguatinga e duas na Asa Sul; ou ainda o sistema de abastecimento de água de Corumbá IV, que nos livra de racionamento por décadas.

E iniciamos várias obras importantes para organizar melhor o trânsito da cidade, todas com ciclovias. Há o Túnel de Taguatinga — obra monumental que entra em operação nos próximos meses —, oito novos viadutos em diversas regiões, beneficiando centenas de milhares de motoristas, especialmente em áreas que hoje apresentam engarrafamento permanente, como na entrada do Recanto das Emas, do Riacho Fundo e do Paranoã/Itapoã.

Também estamos erguendo o novo e grande Hospital do Câncer Dr. Jofran Frejat, que será uma referência no tratamento da doença, ali ao lado do Hospital da Criança e que se juntará aos três hospitais que já construímos e às sete novas UPAs, todas com equipes médicas completas e abastecidas, e às 10 Unidades Básicas de Saúde já prontas (mais 18 estão previstas até o fim do ano).

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Programas sociais

A pandemia pode ter parado o mundo, mas aqui nós seguimos em frente. A Covid-19 atrapalhou muitos dos nossos planos, atrasou obras, deixou marcas profundas na nossa sociedade. Foi um período difícil para milhares de famílias e uma das obras que eu mais me orgulho foi a de ter construído a maior rede de proteção social do Brasil, título reconhecido pelo governo federal.

Mais de 766 mil pessoas foram beneficiadas com algum dos nossos programas; mais de 6 milhões de refeições foram servidas ao preço reduzido de R$ 1. Programas como o Prato Cheio beneficiam 40 mil famílias por mês, o Cartão Gás socorre 70 mil famílias a cada dois meses e o Cartão Material Escolar oferece condições para que quase 80 mil alunos tenham melhores condições para estudar. Temos ainda o DF Social, pago a 55 mil famílias.

Também criamos o Renova-DF, um programa que, além de fazer importantes obras de manutenção em todas as regiões, forma trabalhadores para o mercado de trabalho. Em algumas semanas, vamos começar a oferecer a Bolsa do Trabalhador para quem não consegue emprego há mais de seis meses.

A epidemia foi um período de muita tensão, mas também de muito trabalho. Trabalhamos todos os dias. Vimos de perto o sofrimento da população. Mas agora é tempo de festa. Brasília faz aniversário e começa a deixar para trás esse tempo carregado, olhando para o futuro, na certeza de dias melhores para todos nós que continuamos acreditando na capital da esperança. Parabéns, Brasília.

Texto de Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal.

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