Rollemberg determina suspensão de obra da discórdia na 207 Sul
Decisão é fruto de pedido feito por moradores da quadra, que reclamavam do bloqueio causado pela obra em passagem de pedestres
atualizado
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Após a mobilização de moradores, a novela da obra da discórdia na quadra 207 Sul parece ter chegado a um desfecho. Nesta segunda-feira (12/6), o governador Rodrigo Rollemberg anunciou a suspensão da obra. De acordo com o chefe da Executivo, a medida foi tomada “pela preservação da área verde de Brasília e em defesa do interesse público”.
A confusão teve início em abril deste ano, quando parte da área da quadra foi cercada para a construção de um restaurante. O bloqueio impediu o tráfego em uma passagem de pedestres e interferiu na paisagem do local, provocando a insatisfação da comunidade. Os moradores chegaram a fazer protestos na quadra e acionaram o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) para impedir a evolução da obra.
No mês passado, Rollemberg visitou o local e se reuniu com moradores da quadra para avaliar a situação. Durante o encontro, o governador disse que a reclamação era legítima e que analisaria a os pedidos da comunidade.
Nesta segunda, o chefe do Executivo anunciou a suspensão da obra. Em nota, Rollemberg justifica que a construção “ameaçava árvores de mais de 40 anos de vida e impedia a passagem de pedestres, cadeirantes e de ciclistas”. O governador afirma ainda que fica satisfeito em poder atender aos pedidos da comunidade e alega que a interrupção do empreendimento está dentro da lei.
“Estamos abrindo o espaço para que o empreendedor possa se manifestar e estamos abertos ao diálogo para buscar outras alternativas, inclusive de permuta da área. Mas entendo que aquela região já foi incorporada pela população. Portanto, compreendo que a área deve sim ser considerada comum da população de Brasília”, afirma.
Proprietária do espaço e responsável pela obra, a construtora Solider Construção, Incorporação e Empreendimentos Ltda. também se manifestou por meio de nota. Segundo a empresa, toda a documentação relativa ao empreendimento foi aprovada junto aos órgãos competentes e já existem planos para a preservação do meio ambiente no local.
Confira a nota da Solider na íntegra:
Inicialmente, cumpre ressaltar que o lote foi concebido pelo plano diretor da cidade, elaborado por Lucio Costa. É uma propriedade particular, devidamente escriturada e registrada em cartório, sendo que, toda a documentação relativa à obra, tais como projeto arquitetônico, registro de CREA e CAU, projeto de acessibilidade no DETRAN, projeto urbanístico arbóreo, foram devidamente aprovados pelos orgãos competentes, motivo pelo qual, finalmente, foram outorgados alvará de construção, licença de canteiro de obras e instalação de tapumes.
Ademais, a obra foi fiscalizada e vistoriada pela AGEFIS, que também emitiu parecer favorável. Em relação à preservação do meio ambiente , cumpre enfatizar que esta também é uma preocupação da empresa construtora, tanto que, reitera o seu compromisso já assumido com o poder publico e a comunidade local, em replantar as árvores que serão retiradas da área do lote, além de compensar a sua retirada com plantio de 20 novas árvores para cada uma retirada .