Queda livre: Hapvida derrete e valor de mercado cai pela metade

O valor de mercado da Hapvida caiu pela metade, para R$ 15,5 bilhões, em apenas sete pregões, desde a divulgação do balanço do 4º trimestre

atualizado 10/03/2023 12:29

Imagem colorida de prédio da Hapvida Reprodução

Em queda livre no pregão desta quinta-feira (9/3) na Bolsa de Valores (B3), as ações da operadora de planos de saúde Hapvida recuaram mais de 28%, em meio à desconfiança do mercado em relação à situação financeira da empresa.

Depois de tombar 28,4% no início da tarde, os papéis da Hapvida registravam perdas de 23,8% por volta das 16h30, negociados a R$ 2,08. É a maior baixa da sessão.

Desde o dia 1º de março, quando a empresa divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2022, que vieram abaixo do esperado, a desvalorização se acentuou. O valor de mercado da Hapvida caiu pela metade, para cerca de R$ 15,5 bilhões, em apenas sete pregões.

No fim da manhã, pouco depois da abertura da sessão, os papéis da companhia já desabavam mais de 15%, negociados a R$ 2,46. As ações da Hapvida entraram em leilão duas vezes.

Quando entra em leilão, uma ação sai do pregão por um período determinado, mas não deixa de ser negociada. O que muda é a forma como os novos negócios envolvendo o papel são fechados. A medida acontece de forma automática, como um instrumento para evitar que o valor da ação continue subindo ou caindo de forma vertiginosa.

O tombo da Hapvida no pregão desta quinta se deve ao comunicado emitido pela própria empresa dando conta de um possível aumento de capital por meio de emissão de novas ações, o que era descartado pelo mercado até então.

Em relatório, o Itaú BBA avalia que o cenário envolvendo a operadora é mais negativo do que o esperado inicialmente. Segundo os analistas do banco, as exigências regulatórias da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) limitam o volume de dinheiro que as operadoras podem utilizar para honrar suas dívidas.

A Hapvida, por sua vez, informou que “está constantemente avaliando oportunidades e alternativas para fortalecer sua estrutura de capital com sua base acionária, bem como com novos investidores, incluindo a possibilidade de emissão de novas ações em aumento de capital, o que dependerá de condições favoráveis de mercado e aprovações pelos órgãos sociais competentes”.

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