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Cercada de expectativa, reunião do CMN dura menos de meia hora

Antes da reunião, Fernando Haddad, Simone Tebet e Roberto Campos Neto almoçaram juntos por 2 horas; meta de inflação não entrou na pauta

atualizado

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Breno Esaki/Especial Metrópoles
Futuro Ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, fala com jornalistas em coletiva de imprensa no CCBB - metrópoles
1 de 1 Futuro Ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, fala com jornalistas em coletiva de imprensa no CCBB - metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

Centro das atenções do mercado financeiro e de agentes políticos e econômicos nesta quinta-feira (16/2), a primeira reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durou menos de meia hora.

O encontro, que reuniu os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, teve início às 15h18 e terminou às 15h46.

Ainda não se sabe o que foi discutido na reunião, mas o assunto metas de inflação não esteve na pauta. A expectativa é a de que o conteúdo dos votos seja divulgado pelo BC e pelo Ministério da Fazenda após o fechamento do mercado, a partir das 18h30.

Ainda nesta quinta, haverá uma entrevista com técnicos das diretorias de Normas e de Administração do CMN para dar maiores detalhes sobre a reunião. Haddad, Tebet e Campos Neto não participarão da coletiva.

Antes da reunião do CMN, Haddad, Tebet e Campos Neto almoçaram juntos. Esse encontro reservado, sem a presença de assessores, foi mais longo: durou duas horas.

Metas de inflação fora da pauta

Criado por meio da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, o CMN é um conselho com poder deliberativo sobre o sistema financeiro brasileiro e responsável por definir normas e diretrizes gerais para o seu bom funcionamento. O órgão tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito no país. As reuniões do CMN acontecem uma vez por mês.

Cabe ao CMN, entre outras atribuições, decidir por uma eventual redução ou aumento da meta de inflação. O tema ganhou corpo nas últimas semanas, após críticas de Lula e do próprio Haddad à meta de inflação definida pelo BC.

Segundo o CMN, a meta para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%. Para 2024 e 2025, a meta é de 3%. Para o governo, no mundo ideal, a meta subiria pelo menos para 3,5%, se não já em 2023, em 2024.

Na noite de terça-feira (14/2), em conversa com jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda, Haddad já havia anunciado que a discussão sobre metas de inflação não estaria na pauta da reunião do CMN.

O próximo encontro do colegiado está programado para o dia 30 de março. Segundo o Metrópoles apurou, o possível debate sobre eventuais mudanças nas metas de inflação não deve ser travado no CMN antes do meio do ano. Provavelmente, o assunto deve ficar para a reunião prevista para o dia 29 de junho.

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