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Argentina anuncia pacote contra inflação e deve subir juros para 97%

Oficialmente, o novo índice ainda não foi anunciado; taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para controlar inflação

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Alberto Fernández, presidente da Argentina, sorri e faz sinal com a mão cumprimentando a imprensa em evento - Metrópoles
1 de 1 Alberto Fernández, presidente da Argentina, sorri e faz sinal com a mão cumprimentando a imprensa em evento - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O governo da Argentina anunciou, no domingo (14/5), um pacote de emergência com uma série de medidas para combater a escalada da inflação no país, que ultrapassou 108% no acumulado de 12 meses até abril, o maior patamar em 31 anos.

Por meio de um comunicado, o ministro da Economia argentino, Sergio Massa, confirmou que a taxa básica de juros deve subir. O Banco Central da Argentina aumentará sua intervenção no mercado de câmbio para valorizar o peso em relação ao dólar.

De acordo com os jornais argentinos Clarín e La Nacion, a taxa básica de juros saltará de 91% para 97% ao ano. Oficialmente, o novo índice ainda não foi anunciado. A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação.

Caso esse aumento de juros se confirme, será o segundo em menos de um mês. No fim de abril, a taxa básica subiu de 81% para 91%, o maior nível em 20 anos.

O pacote de medidas foi definido depois de reuniões entre Massa e o presidente do Banco Central argentino, Miguel Pesce.

O governo do presidente Alberto Fernández também anunciou que trabalha para acelerar novos acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Como mostrou reportagem do Metrópoles publicada no fim de semana, o governo do Brasil vem atuando junto ao FMI e aos Estados Unidos para tentar socorrer a Argentina.

Entre as medidas do pacote econômico, estão incentivos para manter o nível de consumo de produtos de origem nacional, diminuição da taxa de juros dos cartões de crédito, desoneração fiscal para pequenas e médias empresas e redução dos preços de importações de alguns produtos.

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