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Alta de quase 1% da Bolsa não é suficiente para apagar perda da semana

Ibovespa, principal índice da Bolsa, recuou mais de 3% em uma semana marcada por decisões de juros no Brasil e nos EUA e por crise de bancos

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Bolsa de valores sao paulo b3 queda
1 de 1 Bolsa de valores sao paulo b3 queda - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Depois de passar praticamente a semana toda em baixa, o Ibovespa deu um leve respiro nesta sexta-feira (24/3) e encerrou o dia com ganho de quase 1%, aos 98.829 pontos. A valorização do dia não foi suficiente, no entanto, para apagar as perdas semanais de mais de 3% do principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3).

A semana que se encerra hoje foi a pior desde o final de janeiro, no mercado. As decisões sobre os juros no Brasil e nos Estados Unidos foram um banho de água fria adicional para os investidores, que já estavam ressabiados com a crise de bancos que assusta no exterior.

Na quarta-feira (22/3), o Federal Reserve anunciou um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros do país, que saltou para o maior patamar desde 2007. Embora tenha reconhecido que o aperto monetário é um risco para o ritmo de crescimento da economia, o Banco Central americano afirmou que a nova dose na taxa é necessária para conter a inflação.

No mesmo dia, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano, também demonstrando preocupação com os riscos inflacionários e fiscal. A posição, que foi alvo de intensas críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente Lula, também não caiu bem para os investidores da Bolsa, que esperavam que o BC sinalizaria uma queda da Selic em algum horizonte.

Ontem (23/3), a Bolsa brasileira recuou para o menor nível desde julho de 2022. A leve recuperação desta sexta-feira foi causada por um efeito técnico – ações que caíram muito nos últimos dias registraram valorização, com investidores enxergando oportunidade para “comprar barato”.

Já no exterior, mais um banco europeu começa a dar sinais de problemas financeiros. Na semana passada, o Credit Suisse foi comprado pelo concorrente UBS, com o auxílio de uma linha de crédito fornecida pelo próprio Banco Central da Suíça.

Agora é a vez do alemão Deutsche Bank. Os swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) do Deutsche Bank – um tipo de seguro para os detentores de títulos de uma empresa que protege contra a inadimplência – atingiram o nível mais alto em quatro anos, em 173 pontos-base, na noite de quinta-feira (23/3).

Autoridades da Alemanha foram a público para minimizar a percepção de risco, dizendo que “não há motivos para preocupação” e que o setor financeiro do país é sólido.

Dólar

O dólar encerrou a semana cotado a R$ 5,25, com queda de 0,7% na sessão diária. Ao longo da semana, a moeda americana acumulou desvalorização de 0,6%.

 

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