Protestos em Cabul pedem para que presidente do Afeganistão renuncie
O ataque fez a população questionar a habilidade do governo de proteger seus cidadãos em uma guerra que dura mais de uma década
atualizado
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Os protestos na capital do Afeganistão, Cabul, continuam pelo segundo dia neste sábado (3/6). A população pede por mais segurança após o atentado que matou mais de 90 pessoas na cidade e feriu outras 450. O ataque fez a população questionar a habilidade do governo de proteger seus cidadãos em uma guerra que dura mais de uma década.
O presidente Ashraf Ghani se encontrou com os oficiais de segurança em uma reunião emergencial após os protestos crescerem de forma violenta e muitos terem morrido.
Um grupo de centenas de manifestantes passou a noite em frente à residência presidencial e muitos outros se juntaram a eles ao amanhecer. Todos os acessos ao palácio foram bloqueados neste sábado pela polícia.
Muitos dos manifestantes pedem que o líder afegão renuncie. Ontem, os manifestantes foram recebidos pela polícia com bombas de efeito moral e tiros em um confronto sangrento. Um membro do parlamento disse que oito manifestantes morreram baleados.
Na sexta-feira, a polícia disse que dois manifestantes foram mortos e que 25 policiais ficaram feridos. Os oficiais, entretanto, se recusaram a comentar quando confrontados com o número de mortos acima do anunciado anteriormente.