Vídeo: Rússia mostra tripulação do Moskva após naufrágio no Mar Negro
Vídeo com tripulação do principal navio de guerra russo foi divulgado pelo Ministério da Defesa do país. Ucrânia afundou o navio
atualizado
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O ministério da Defesa da Rússia publicou, no sábado (16/4), imagens que mostram a tripulação do navio de guerra Moskva, que afundou na última quinta-feira (14/4) após ser atacado por dois mísseis Neturo. O navio era o principal das tropas do país no Mar Negro. A Ucrânia reivindica a autoria do ataque que culminou no naufrágio.
O vídeo publicado nas redes sociais mostra um grande grupo de marinheiros na cidade portuária de Sebastopol, na Crimeia, sendo recebido pelo Comandante-chefe da Marinha, Almirante Nikolay Yevmenov. O governo russo não informou a data em que as imagens foram registradas.
“O Comandante-em-Chefe da Marinha, Almirante Nikolai Evmenov, e o comando da Frota do Mar Negro realizaram uma reunião com a tripulação do cruzador de mísseis Moskva em Sebastopol”, diz texto que acompanha o vídeo.
🇷🇺 Главнокомандующий ВМФ адмирал Николай Евменов и командование Черноморским флотом провели встречу с экипажем ракетного крейсера «Москва» в Севастополе ➡ https://t.co/6NzXtt3tlc pic.twitter.com/igIHxA0lE6
— Минобороны России (@mod_russia) April 16, 2022
A Rússia não relatou nenhuma vítima do naufrágio e esta é a primeira vez em que exibe a tripulação. Segundo a agência Reuters, porém, fontes da inteligência dos Estados Unidos disseram que o governo americano acredita que houve vítimas no ataque.
O naufrágio do navio levou a uma escalada da violência na guerra. Os relatos dos últimos bombardeios mostram investidas militares em Kharkiv, Luhansk, Kramatorsk, Volnovakha, Zaporizhzhya, Mariupol, Berdyansk, Melitopol, Nova Kakhovkae e Kherson. A guerra completa, neste domingo (17/4), 53 dias.
Navio da era soviética
O Moskva foi originalmente construído na era soviética em Mykolaiv, na Ucrânia, e entrou em serviço no início dos anos 1980, segundo a imprensa russa. Com uma tripulação de cerca de 500 pessoas, a embarcação foi anteriormente utilizada na guerra da Síria, onde serviu como proteção naval para a base aérea de Hmeimim das forças russas.
O cruzador de mísseis carregava 16 mísseis antinavio P-1000 Vulkan, bem como uma série de armas antissubmarino e outros tipos de armamentos, segundo relatos.
O Moskva ganhou notoriedade no início da guerra na Ucrânia quando exigiu a rendição das tropas de fronteira ucranianas que defendiam a estratégica Ilha das Serpentes, mas estas se recusaram desafiadoramente.
Acreditava-se inicialmente que os soldados em questão haviam sido mortos, mas na verdade foram capturados. Eles foram libertados como parte de uma troca de prisioneiros com a Rússia no fim de março, segundo o Parlamento ucraniano.