O laboratório chinês Sinovac, fabricante da Coronavac, negou ser autor de uma nota em que tece críticas a outras empresas produtoras de vacinas contra a Covid-19 e diz que a postura dos Estados Unidos no enfrentamento à pandemia “é pouco colaborativa”.
A nota, enviada por uma agência de consultoria em comunicação dizia que alguns países, diferentemente da China, têm “interesses protecionistas”.
Mais tarde, o Instituto Butantan, parceiro da Sinovac na produção da Coronavac no Brasil, encaminhou ao jornal Estadão nota negando o teor do documento.
A Embaixada da China no Brasil também informou ao Estadão que a nota é falsa. “A declaração nao foi feita pela sede da Sinovac e a empresa não tem conhecimento de seu conteúdo”, eslclareceu a representação diplomática.
A assessoria de imprensa que divulgou o comunicado atribuído à Sinovac, a Pharos Consultores Associados, em resposta ao jornal paulista disse ter sido vítima de um golpe e que também acabou surpreendida com a notícia. Confira o posicionamento da empresa assinado pelo sócio Erik Guerriero:
“A Pharos Consultores Associados informa que foi contratada no dia 28/01, pelo senhor Frank Zhang, CEO e fundador da Keen Risk Solution, no Brasil representado pelo senhor Liu Jia, professor visitante da Universidade de Brasília, se apresentaram como representante da Sinovac Biotech, para que fizéssemos a divulgação de um posicionamento oficial da fitofarmacêutica que foi encaminhado aos senhores jornalistas durante este sábado. Fomos surpreendidos quando recebemos a informação de que a nota veiculada era falsa por meio de notificação da verdadeira Sinovac que negou ter ciência da nota e colocando nosso trabalho e carreiras em cheque. Descobrimos que ele apresentou documentos falsos e que fomos vítimas de um golpe, estamos reunindo informações sobre o contratante impostor, e iremos buscar reparação judicial. A documentação referente ao trabalho e à contratação será entregue às autoridades. Estamos também reunindo as provas para assegurar nossa idoneidade e posição como vítimas de um crime”.
O Metrópoles, assim como outros veíciulos, reproduziu o documento. O texto, posteriormente, foi alterado com as informações corretas.
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