1 de 1 Em vista aérea é possível ver área residencial destruída após ataques russos na cidade de Moschun, Ucrânia - Metrópoles
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Soldados russos que fugiram de tropas da Ucrânia na cidade de Lyman, no último fim de semana, deixaram cerca de 18 corpos dos soldados feridos para trás. Segundo a agência de notícias AP, a cidade vinha sendo usado pelos russos como centro logístico e de transporte, para evitar serem cercados pelas forças ucranianas.
Alguns tempo depois que os ucranianos conseguiram libertar a cidade da presença russa, uma equipe de reportagem da Associated Press de Lyman contabilizou ao menos 18 corpos de soldados russos pelas ruas, ainda no chão.
Segundo o relato dos profissionais, após o abandono pelos próprios russos, os militares ucranianos “pareciam ter recolhido os corpos dos seus após batalhas pelo controle da cidade”, mas os dos soldados de Putin permaneceram.
Em entrevista à AP, um dos soldados ucranianos destacou que o preço da guerra é muito alto. “Lutamos por nossa terra, por nossos filhos, para que nosso povo possa viver melhor, mas tudo isso tem um preço muito alto”, disse um soldado ucraniano que atende pelo nome de guerra Rud.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Anexação de territórios
O presidente da Rússia, Vladmir Putin, assinou nesta sexta-feira (30/9) a anexação de 15% do território ucraniano durante cerimônia no Palácio do Kremlin com políticos e outros aliados do governo. A medida é considerada “ilegal” pela Ucrânia e fere princípios do direito internacional.
O mandatário disse que seu objetivo é “libertar” a região do Donbass, no leste da Ucrânia. E afirmou que a maioria das pessoas que vivem em regiões sob controle russo não quer mais ser governada por Kiev.