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Petróleo tem queda histórica e é cotado abaixo de US$ 11 em NY

Preço se refere aos contratos que vencem nessa terça-feira (21/04) mas refletem o aumento dos estoques em meio a uma queda brutal na demanda

atualizado

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O preço do barril do petróleo sofre uma queda histórica, de mais de 40%, nessa segunda-feira, 20. O óleo tipo WTI é cotado abaixo de US$ 11 em Nova York. Embora o colapso se refira aos contratos para entrega em maio, que vencem na terça-feira (20/04), ele mostra que há um excesso de estoques do produto por conta da brutal queda na demanda, e isso vai se refletir cada vez mais nos preços.

Os contratos para junho do óleo WTI estão cotados a cerca de US$ 22, uma queda de 8%. Já o óleo Brent, em Londres, também para entrega em junho, recuava 6%, cotado a US$ 26 o barril.

No mundo todo, há sinais de falta de locais para armazenamento do produto. De acordo com a Reuters, há atualmente cerca de 160 milhões de barris armazenados em navios-tanque, um número recorde, bem acima dos 100 milhões de barris armazenados dessa forma no auge da crise financeira iniciada em 2008.

Os estoques de petróleo em Cushing – o principal centro de armazenamento nos EUA – aumentaram 48%, para quase 55 milhões de barris, desde o final de fevereiro. O hub tinha capacidade de armazenamento operacional de 76 milhões em 30 de setembro, segundo a Energy Information Administration.

Os negociantes no Texas chegam a oferecer US$ 2 pelo barril em algumas situações, aumentando a possibilidade de que os produtores, em breve, tenham até de pagar para que o petróleo seja retirado de suas mãos.

A China anunciou na sexta-feira (17/04) sua primeira contração econômica em décadas, uma indicação do que está por vir em outras grandes economias que ainda precisam sair dos bloqueios provocados pelo coronavírus.

“Não há limite para o lado negativo dos preços quando os estoques e os oleodutos estão cheios”, disse Pierre Andurand, gerente de fundos de hedge de commodities, no Twitter. “Preços negativos são possíveis.”

O colapso dos preços está repercutindo em toda a indústria de petróleo. Empresas de exploração reduziram em 13% a perfuração na semana passada. Mas, embora isso possa reduzir a produção, com as empresas diminuindo seus gastos, pode não ser suficiente.

“A redução na exploração nos EUA está ganhando ritmo, mas não é rápida o suficiente para evitar o gargalo no armazenamento”, disse Paul Horsnell, chefe de commodities da Standard Chartered.

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