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Para jornal cubano, Bolsonaro aliou-se a “terroristas” contra Havana

A saída do programa Mais Médicos, na visão do periódico, seria parte de uma ação orquestrada para enfraquecer a ilha

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
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1 de 1 131118 IE stm recebe Jair Bolsonaro em visita institucional 009 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O jornal estatal cubano Granma publicou um artigo nesta quarta-feira (26/12) dizendo que o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), aliou-se a “terroristas” como parte de um complô contra a ilha. Um dos supostos terroristas citados pelo jornal é o dissidente cubano Orlando Gutierrez, que se encontrou com Bolsonaro na semana passada, dias após o futuro presidente ter desfeito o convite para que o presidente da ilha, Miguel Díaz-Canel, participe de sua posse.

“Se Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo promoveram alianças com personagens como Orlando Gutiérrez e outros terroristas nos Estados Unidos, como podemos acreditar que a campanha contra os médicos cubanos no Brasil só tenha sido uma iniciativa do novo presidente e não um plano assessorado de Washington destinado contra Cuba e Venezuela, fundamentalmente?”, questiona o jornal estatal.

No artigo, intitulado “Os tentáculos de Bolsonaro contra Cuba”, é feita uma avaliação de que Bolsonaro e seu filho Eduardo estariam promovendo uma campanha ao lado do presidente norte-americano, Donald Trump, para enfraquecer os governos de esquerda cubanos e venezuelanos.

“Seria ingênuo acreditar que o ataque de Jair Bolsonaro contra os médicos cubanos para que abandonassem o Brasil, não faça parte de um plano maior, cujos tentáculos estão vindo à luz, embora não tenha assumido a presidência”, destaca.

O presidente eleito usou a sua conta das redes sociais para rebater o periódico de Havana. Para Bolsonaro, Cuba teria usado dinheiro de impostos pagos pelos brasileiros para fortalecer o Foro de São Paulo – grupo supranacional que defende ideias alinhadas ao pensamento de esquerda.

“Cuba se alimentou de bilhões de R$ de impostos dos brasileiros em nome do Foro de SP e em detrimento de seus cidadãos.Não convidar seu ditador para minha posse foi mais um de meus acertos”, disse.

 

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