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Papa Francisco se reúne com muçulmanos na República Centro-Africana

A visita de Francisco proporcionou um maior senso de liberdade na zona sitiada. Milhares de pessoas foram às ruas, dizendo que “a guerra terminou” no idioma local, o sango, após a partida do pontífice

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JEROME DELAY/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
PAPA NA ÁFRICA
1 de 1 PAPA NA ÁFRICA - Foto: JEROME DELAY/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O papa Francisco visitou um instável bairro muçulmano da capital da República Centro-Africana nesta segunda-feira (30/11) e levou uma mensagem de reconciliação à principal mesquita de Bangui, insistindo em que cristãos e muçulmanos sempre conviveram em paz na cidade e que a religião nunca pode justificar a violência.

Sob fortes medidas de segurança, Francisco cruzou o bairro PK5, de onde os muçulmanos que residem nele não saem há meses, pela presença de combatentes de uma milícia cristã que circundam a região. O papa realizou o trajeto em seu papamóvel sem capota, apesar dos riscos. As forças de paz da Organização das Nações Unidas montaram guarda nos minaretes da mesquita.

A visita de Francisco proporcionou um maior senso de liberdade na zona sitiada. Milhares de pessoas foram às ruas, dizendo que “a guerra terminou” no idioma local, o sango, após a partida do pontífice. Alguns seguiram a comitiva até o ginásio esportivo onde o papa realizará sua última missa antes de voltar à Itália

Francisco havia insistido em visitar o bairro PK5 para fazer um chamado à paz em um país cuja capital está dividida após quase dois anos de violência sectária entre cristãos e muçulmanos. Quase 1 milhão de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas por isso.

Cerca de 200 homens sentados no interior da mesquita deram as boas-vindas ao papa, que se sentou em um sofá. Falando ao imã do templo, o pontífice insistiu que os muçulmanos e os cristãos são irmãos e devem se comportar assim. “Os cristãos e os muçulmanos e os outros membros das religiões tradicionais viveram em paz durante muitos anos”, disse. “Juntos dizemos não ao ódio, à vingança e à violência, especialmente a cometida em nome de uma religião ou de um deus.”

O principal imã da mesquita, Tidiani Moussa Naibi, agradeceu a visita, que qualificou como um “símbolo de que todos nos entendemos”. Francisco tirou os sapatos, inclinou a cabeça e ficou em silêncio no mihrab, área da mesquita voltada para a cidade sagrada muçulmana de Meca. A visita foi o ponto culminante de uma viagem que levou o papa a três nações da África, com paradas anteriores no Quênia e em Uganda.

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