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Ordem ilegal de ataque nuclear não será executada, diz general dos EUA

Responsável pelo Comando Estratégico dos Estados Unidos afirmou que uma eventual determinação ilegal de Trump para ataque pode ser rejeitada

atualizado

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Andrew Harnik/Associated Press/Estadão
Trump em discuso à CIA
1 de 1 Trump em discuso à CIA - Foto: Andrew Harnik/Associated Press/Estadão

O responsável pelo Comando Estratégico dos Estados Unidos, general da Aeronáutica John Hyten, afirmou neste sábado (18/11) que uma eventual determinação do presidente norte-americano, Donald Trump, ou de um de seus sucessores, para lançar um ataque nuclear pode ser rejeitada, se a ordem for considerada ilegal.

Em um fórum internacional de segurança realizado na cidade de Halifax, no Canadá, o militar explicou que já teve conversas sobre a questão com Trump e ressaltou que diria ao mandatário norte-americano não poder levar o ataque ilegal adiante.

“Se a ordem for ilegal, direi: ‘Senhor presidente, isso é ilegal’. Sabe o que ele vai fazer? Vai me perguntar: ‘O que pode ser considerado legal?'”, disse Hyten. “Neste caso, buscaremos alternativas com o mix de ações que temos à disposição para qualquer tipo de situação, é assim que funciona”, esclareceu.

As declarações do general ocorrem num momento em que a ameaça de ataque nuclear pela Coreia do Norte segue elevada, enquanto críticos à administração Trump questionam o temperamento do presidente. Os tweets provocativos de Trump contra Pyongyang levantaram temores entre congressistas do partido Democrata de que Trump estaria incitando uma guerra com a Coreia do Norte.

“Parece que algumas pessoas acham que somos estúpidos. Não somos pessoas estúpidas. Pensamos muito sobre estas questões. Quando se tem essa responsabilidade, como é possível não pensar sobre isso?”, questionou Hyten, repetindo que não obedecerá uma ordem ilegal. “Você pode ir para a cadeia pelo resto da vida”, completou o general.

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