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Justiça espanhola liberta condenado por atentado que se escondeu no Brasil

García Juliá participou de ato terrorista em 1977, em Madri, na Espanha. Ficou foragido e, em 2018, foi encontrado no Brasil pela PF

atualizado

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A Justiça espanhola libertou, na última semana, o criminoso Carlos García Juliá, condenado a 193 anos de prisão por um atentado que deixou cinco mortos em Madri, na Espanha, em 1977.

Em 2018, depois de passar anos foragido, ele foi encontrado em São Paulo pela Polícia Federal (PF) brasileira e ficou preso no país até fevereiro, quando foi extraditado para a Espanha. Garcia Juliá cumpria pena na prisão Soto del Real, Madri, e foi liberto durante a manhã do dia 19 de novembro. As informações são da Agência EFE.

O tribunal de Ciudad Real aceitou um pedido do advogado de Garcia Juliá, que solicitava antecipação da liberdade por bom comportamento. Familiares das vítimas do atentado tentaram impedir a libertação e aguardam recurso no Tribunal Constitucional espanhol.

Massacre de Atocha

Em 1977, o criminoso participou do Massacre de Atocha, crime organizado por membros de grupos da extrema-direita espanhola. Na ocasião, Carlos García Juliá e outros homens invadiram um escritório de advocacia trabalhista em Madri e mataram cinco pessoas a tiros.

Juliá foi condenado a 193 anos de prisão pelos assassinatos e por quatro tentativas de homicídio. Depois de 11 anos no cárcere, ele conseguiu liberdade condicional e viajou para a América do Sul, mas não retornou ao país natal e ficou foragido.

Em 2018, foi encontrado pela Polícia Federal brasileira em São Paulo, onde vivia com documentos falsos em nome de um cidadão venezuelano, Genaro Antonio Materan Flores. Em fevereiro deste ano, a PF o extraditou para a Espanha.

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