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Justiça do Equador começa o julgamento do líder indígena Leonidas Iza

Após o fim dos protestos no país, um dos principais líderes passa a ser processado pela paralisação dos serviços públicos no país

atualizado

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Leonidas Iza Salazar
1 de 1 Leonidas Iza Salazar - Foto: Reprodução

A Justiça do Equador iniciou o julgamento contra o presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), Leonidas Iza, nesta segunda-feira (4/7). O líder indígena é acusado pelo Ministério Público pela prática do crime de “paralisação do serviço público” e de ser um dos responsáveis por bloquear o tráfego em uma das rodovias do país.

Iza foi preso no último dia 14 de junho pelo fechamento das ruas como forma de protesto contra o aumento dos combustíveis.

Após o início do julgamento, a defesa do presidente do Conaie conseguiu a suspensão da sessão após questionar o fato da juíza do caso, Paola Bedón, ser a mesma responsável pela libertação do líder indígena em 14 de junho.

“Pedimos uma consulta à Corte Constitucional sobre um tema importante: acreditamos que a juíza que já ouviu (na etapa de) flagrante não pode ser a juíza que decide. Há contaminação de provas”, explicou um dos integrantes da defesa Carlos Poveda.

O julgamento ficará suspenso até o dia 9 de agosto.

Entenda o caso

Durante 18 dias, indígenas foram responsáveis por protestos e bloqueios que pediam uma redução de até 21% nos preços dos combustíveis no país, fim da mineração e extração de petróleos dentro dos territórios demarcados.

Na última quinta-feira (30/6), representantes do governo de Guillermo Lasso e dos povos indígenas assinaram um acordo que pôs fim às manifestações que aconteciam no país. O presidente do Equador cedeu às reivindicações e baixou o preço dos combustíveis.

O preço do diesel passou de US$ 1,90 para US$ 1,75 , enquanto a gasolina foi de US$ 2,55 para US$ 2,40.

Com o fim das manifestações, o gerente do Banco Central, Guillermo Avellán, anunciou que o país perdeu pelo menos US$ 1 bilhão em decorrência dos protestos e reivindicações dos indígenas.

“As perdas totalizam um montante de 1 bilhão de dólares: 775 milhões correspondem ao setor privado e 225 milhões correspondem a perdas no setor estatal, especificamente pelo setor petroleiro”, detalhou Avellán ao canal Teleamazonas.

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