Istambul proíbe parada gay para “manter a ordem e proteger turistas”

A medida provocou críticas de grupos de direitos humanos e temores de possíveis violências

Estadão Conteúdo
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Autoridades da Turquia anunciaram neste sábado que não permitirão a Parada Gay em Istambul, que aconteceria neste domingo (25). Tal medida provocou críticas de grupos de direitos humanos e temores de possíveis violências, uma vez que os organizadores disseram que o evento ocorrerá mesmo com o banimento.

Ao contrário de outros países muçulmanos, a homossexualidade não é um crime na Turquia. No entanto, ativistas lésbicas, gays e transexuais dizem que não têm direito a proteções e enfrentam o estigma social generalizado na nação que é fortemente influenciado por valores conservadores e religiosos.

De acordo com o governo de Istambul, a parada foi proibida para manter a ordem pública e para a segurança dos participantes e turistas, acrescentando que a área em torno da praça central de Taksim, onde a marcha começa, não foi designada para eventos.

A Anistia Internacional expressou “profunda preocupação” na sequência da proibição e disse que as autoridades turcas violaram a liberdade de expressão de forma arbitrária.

Em 2016, a marcha foi banida em meio a uma série de ataques mortais atribuídos ao grupo Estado Islâmico ou de militantes curdos. Os organizadores acreditam que as celebrações em 2015 e 2016 foram banidas porque elas coincidiram com o mês sagrado do Ramadã do Islã e diz que as autoridades estão usando a segurança como uma desculpa para proibir os desfiles em vez de tomar medidas para lidar com as ameaças contra os participantes.

A marcha prevista para este domingo coincide com o feriado da Eid, que marca o fim de um mês de jejum para o Ramadã.

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