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França critica intervenção militar da Turquia na Síria

Em discurso, Hollande disse que “intervenções múltiplas, contraditórias geram o risco de uma inflamação geral” nos confrontos que já devastaram o território sírio

atualizado

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1 de 1 françois hollande - Foto: Divulgação

O presidente francês, François Hollande, criticou nesta terça-feira (30/8) a intervenção militar “contraditória” da Turquia na Síria e advertiu que a Rússia não deve se tornar “protagonista” nessa guerra. Em discurso, Hollande disse que “intervenções múltiplas, contraditórias geram o risco de uma inflamação geral” nos confrontos que já devastaram o território sírio.

O líder francês disse que entende a preocupação da Turquia em proteger suas fronteiras e lutar contra o Estado Islâmico, mas criticou ações de Ancara contra rebeldes curdos aliados da coalizão liderada pelos EUA que enfrentam os extremistas. A França é parte dessa coalizão.

Hollande pediu que a Rússia coopere com a coalizão liderada pelos EUA e disse que convidará o presidente russo, Vladimir Putin, a visitar a França em outubro. Segundo ele, a Rússia deve ser “um ator nas negociações, não um protagonista na ação”. Para Hollande, o regime de Bashar al-Assad usa o apoio militar russo para atacar civis.

O político disse que é preciso interromper com urgência os confrontos para a retomada das negociações. Ele pediu um “cessar-fogo imediato” na cidade de Alepo, após cinco anos de guerra civil na Síria.

A Turquia aumentou bastante seu envolvimento na guerra civil síria na semana passada. A campanha militar do país tem como objetivo ajudar os rebeldes sírios contra o Estado Islâmico, mas é também contra as forças curdas – estas são apoiadas pela coalizão liderada pelos EUA.

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