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Evo Morales anuncia candidatura ao quarto mandato na Bolívia

No poder desde 2006, presidente tentará permanecer no cargo até 2025

atualizado

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HUGO ARMENO/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Evo Morales vota em referendo que propõe uma nova possibilidade de reeleição
1 de 1 Evo Morales vota em referendo que propõe uma nova possibilidade de reeleição - Foto: HUGO ARMENO/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente boliviano, Evo Morales, inscreveu nesta quarta-feira (28/11) sua candidatura nas próximas eleições presidenciais do país, numa tentativa de permanecer no cargo até 2025. Seus opositores acusaram o presidente de tentar se perpetuar no poder, e anunciaram uma “dura briga eleitoral”.

Primeiro indígena a ocupar a presidência boliviana, Morales, de 59 anos, tem mandato até 2020, mas espera conquistar uma quarta gestão nas eleições, agendadas para outubro do ano que vem, como candidato do Movimento ao Socialismo (MAS).

“O MAS é um movimento político que não pode ser contido no combate àqueles que defendem o capitalismo e o imperialismo”, afirmou Morales, presidente desde 2006, diante de uma multidão que o acompanhou ao Tribunal Supremo Eleitoral. “Enquanto o povo se mantiver unido, continuará derrotando as políticas que tanto dano causaram à economia boliviana”, completou.

Ex-líder cocaleiro, Morales, que em seu discurso defendeu a nacionalização da economia e rechaçou a privatização dos recursos naturais bolivianos, foi eleito pela primeira vez em 2006 e reeleito em 2010 e 2014.

Em 2009, promulgou uma Constituição que estabelecia o limite de dois mandatos consecutivos de cinco anos para os presidentes. Na tentativa de conquistar uma nova reeleição, convocou, em 2016, um referendo nacional. A reforma constitucional, no entanto, foi rechaçada pelo eleitorado boliviano.

Ainda assim, no final de 2017, o Tribunal Constitucional do país determinou que o limite de dois mandatos presidencial era “uma violação dos direitos humanos” e autorizou uma nova candidatura de Morales à Presidência.

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