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EUA quer que Brasil garanta segurança na entrega de ajuda à Venezuela

O país negocia com os centros de distribuição de comida e medicamentos as “disposições adequadas” para o envio

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Fronteira Pacaraima brasil venezuela
1 de 1 Fronteira Pacaraima brasil venezuela - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Os EUA pressionam o Brasil para garantir a segurança na entrega de ajuda humanitária aos venezuelanos no sábado (23/2). A escalada da tensão com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que acusa os americanos de usarem os carregamentos como desculpa para tramar um golpe de Estado, aumentou nessa quinta-feira (21/2) após a decisão venezuelana de fechar a fronteira com o Brasil.

Reconhecido como presidente interino da Venezuela por EUA, Brasil e cerca de 50 países, o líder opositor Juan Guaidó transformou o sábado em uma espécie de “Dia D” da luta contra o chavismo. O envio de ajuda humanitária deve testar a lealdade dos militares a Maduro e forçar defecções.

Segundo fontes no Departamento de Estado americano, os EUA negociam com Brasil e Colômbia, que servem de centros de distribuição de comida e medicamentos, as “disposições adequadas” para a entrega. A principal delas, segundo o Estado apurou, é a segurança da operação.

“Precisamos assegurar que aqueles que recebem nossa ajuda, nossos parceiros e nossas equipes não serão colocados em perigo, que a assistência dos EUA possa chegar à população vulnerável”, disse uma fonte do setor de assuntos hemisféricos do Departamento de Estado.

Até o momento, o Brasil descartou a possibilidade de ação militar de qualquer forma em todas as reuniões sobre a Venezuela. Quando esteve em Washington para conversas com autoridades americanas, no início do mês, o chanceler Ernesto Araújo negou a existência de qualquer ação militar na Venezuela, mas não deu detalhes sobre a logística de entrega da ajuda humanitária.

Nesta quinta-feira, 21, depois do anúncio de Maduro sobre o fechamento da fronteira com o Brasil, os EUA continuaram com a estratégia de fazer pressão sobre os militares venezuelanos para que não impeçam a entrada da ajuda. “Pedimos às forças de segurança venezuelanas que permitam que esses suprimentos entrem no país”, afirmou um integrante da diplomacia americana.

Em discurso em Miami, na segunda-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, deu um ultimato aos militares da Venezuela. Se não permitirem a entrada de mantimentos, “perderão tudo” – em referência às fortunas que funcionários chavistas têm no exterior. “Não encontrarão refúgio, nenhuma saída fácil, porque não haverá saída”, disse Trump.

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