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Envolvidos em assédio prestam “desserviço” ao país, diz ministro

Ministro dos Esportes condenou atitude de brasileiros na Copa e classificou atos como “covardia” contra mulheres russas

atualizado

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Francisco Medeiros / ME
1 de 1 - Foto: Francisco Medeiros / ME

Leandro Cruz, ministro do Esporte, critica abertamente o comportamento de alguns homens brasileiros promovendo situações constrangedoras para mulheres russas durante a Copa do Mundo. Segundo ele, o grupo responsável por assediar mulheres presta um “imenso desserviço” ao Brasil. Mas ele admite não haver possibilidade do caso “ser previsto” na cartilha criada e distribuída pelo governo aos torcedores, sobre como se comportar na Rússia.

Pelo menos três casos de assédios ou constrangimentos foram registrados desde o começo do evento esportivo envolvendo torcedores brasileiros e mulheres russas. Pelas ruas de Moscou, porém, casos com outras torcidas também tem sido identificadas, em especial de países latino-americanos.

Houveram casos, por exemplo, de brasileiros num metrô de Moscou formando uma espécie de corredor, aplaudindo, assobiando ou vaiando as mulheres – obrigadas a passar pelo meio.

A cartilha preparada pelo governo, admite Cruz, “não previa o que está ocorrendo e não tinha como prever”. “Não são homens desrespeitosos com russas. São homens desrespeitosos”, disse. “Isso presta um imenso desserviço ao Brasil”, insistiu.

“Isso envergonha nosso país e merece toda a repreensão que possamos fazer”, disse. “Trata-se de algo de gravidade imensa e não pode ser tolerada”, afirmou. “Eles não nos representam”, disse.

A embaixada do Brasil em Moscou indicou ter recebido emails de brasileiros protestando contra a atitude dos torcedores canarinhos. Entretanto, a representação diplomática considera o caso “isolado” e afirma perceber da maioria uma postura exemplar.

Na cartilha distribuída ao torcedor, recomenda-se observar leis e costumes locais, inclusive para a questão de “decoro”. O caso levou a embaixada a enviar um telegrama para Brasília solicitando orientação.

Uma das dificuldades, porém, é o fato do governo brasileiro não ter qualquer possibilidade de agir em território russo e os responsáveis por assédios apenas poderiam ser repreendidos se houvesse uma queixa local na polícia por uma das vítimas.

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