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Surto “épico” de gafanhotos está devastando os EUA

O descontrole dos insetos já deixa um prejuízo de milhões de dólares. O país investiu em um tratamento de mais de 325 mil hectares

atualizado

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Arquivo Pessoal
Gafanhotos gigantes invadem SC e causam impactos na agricultura local
1 de 1 Gafanhotos gigantes invadem SC e causam impactos na agricultura local - Foto: Arquivo Pessoal

No oeste americano, um surto de gafanhotos que já afeta 15 estados do país vem causando uma devastação em lavouras e pastagens ao competir por comida com o gado. O descontrole dos insetos já deixa um prejuízo de milhões de dólares.

De acordo com cientistas, houve uma explosão dos insetos neste ano, devido à seca e ondas de calor históricas. Segundo o diretor de política nacional da APHIS, Bill Wesela, o país já investiu em um tratamento de mais de 325 mil hectares. Ele também afirma que há várias outras ações programadas para os estados, à medida em que agricultores e pecuaristas pedem ajuda das autoridades para conter o problema.

A magnitude da situação só ficará clara em alguns meses. “A infestação deste ano ainda está evoluindo e não estará completa até o final do verão (no Hemisfério Norte)”, conta Wesela à BBC News Brasil. O custo total do prejuízo também ainda é difícil falar, mas os danos são visíveis, principalmente em pastagens e lavouras irrigadas.

“Gafanhotos e grilos Mórmons são componentes naturais do ecossistema (nesta região dos EUA), mas quando suas populações atingem níveis de surto eles causam graves perdas econômicas aos recursos agrícolas, particularmente em condições quentes e secas”, avalia Wesela.

Os Estados mais afetados são Montana, Wyoming e Oregon. “Pelo menos metade dos condados na parte Leste do estado já registram enormes populações de gafanhotos”, explica o entomologista Helmuth Rogg, diretor do programa de plantas do Departamento de Agricultura de Oregon.

“Recebemos ligações de motoristas relatando que os insetos estão atingindo os para-brisas e os radiadores dos carros”, conta Rogg, observando que o surto neste ano será “épico”.

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