PIB da zona do euro cresce acima das expectativas no 3º trimestre

PIB da zona do euro teve um crescimento de 0,3% na comparação com o trimestre anterior e de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado

Fábio Matos
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O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro teve um crescimento de 0,3% no 3º trimestre deste ano, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, superando as expectativas do mercado.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (7/12) pelo Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia (UE).

Em relação ao mesmo período do ano passado, a economia da zona do euro teve uma expansão de 2,3%.

Os resultados surpreenderam positivamente os analistas. Segundo o consenso Refinitiv, o PIB da zona do euro cresceria 0,2% na base mensal e 2,1% na comparação anual.

Os gastos das famílias contribuíram com 0,4 ponto percentual para o crescimento do PIB da zona do euro, enquanto a formação bruta de capital fixo acrescentou 0,8 ponto percentual.

União Europeia

Na União Europeia, a alta do PIB no 3º trimestre foi de 0,4% em relação ao trimestre anterior e de 2,5% na comparação com o mesmo período de 2021.

De acordo com os dados do Eurostat, o maior avanço do PIB foi registrado pela Irlanda (2,3% em relação ao trimestre anterior), seguida por Chipre, Malta e Romênia (todos com 1,3%).

Importância para o Brasil

A economia da Europa interessa muito ao Brasil, principalmente após o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia firmado em 2019, depois de mais de 20 anos de negociações.

O acordo comercial com a UE deve constituir uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, integrando um mercado de 780 milhões de habitantes.

Segundo projeções da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o acordo deve levar a um incremento de US$ 87,5 bilhões ao PIB brasileiro em 15 anos. O aumento de investimentos no país pode ser de US$ 113 bilhões no mesmo período.

Até 2035, o governo brasileiro estima que as exportações do país para a UE aumentarão em quase US$ 100 bilhões.

O acordo Mercosul-UE ainda precisa passar por um processo de ratificação em dezenas de Parlamentos nacionais e regionais da Europa, o que está em andamento em ritmo lento.

A Comissão Europeia anunciou na semana passada que pode agilizar o processo, dividindo a análise do acordo comercial em várias etapas – comercial, cooperação e questões políticas e de segurança –, para que os principais compromissos comerciais estabelecidos entre os dois blocos já comecem a vigorar.

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